Diretores do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) foram recebidos pela coordenação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Porto Alegre, na manhã desta terça-feira ( 27/12), na sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Além de buscar informações sobre a situação das ambulâncias estragadas, que estão prejudicando o atendimento à população, os diretores do Simpa, João Ezequiel Mendonça da Silva e Efraim Golbert, manifestaram preocupação com o relato de servidores sobre a falta de manutenção dos veículos, bem como a suposta falta de condutores (motoristas), a maior parte deles terceirizados.
Segundo o coordenador municipal de urgências da SMS, Daniel Lenz Faria Corrêa, as ambulâncias começaram a estragar na segunda-feira (19/12), devido às próprias condições, que são de uso intenso. Atualmente, o SAMU dispõe de 17 equipes, 26 ambulâncias e 9 veículos de reserva. No total, apenas 12 ambulâncias do SAMU estão em condições de uso. O diretor financeiro adjunto do Simpa, Efraim Golbert, advertiu a coordenação do SAMU para a gravidade da situação, principalmente pelos riscos de deixar a sociedade sem o devido atendimento.
Daniel Corrêa explicou que um dos problemas enfrentados pelo Serviço é o fato da Prefeitura ter um contrato geral para a manutenção de toda a frota de veículos do Município. Ele ressaltou que a Prefeitura deveria ter um contrato único para atender o SAMU, em função das suas próprias especificidades. O coordenador do SAMU informou ainda que o problema será contornado a partir de uma Instrução Normativa, que abre a possibilidade de realizar pequenos consertos e serviços de manutenção nos veículos (ambulâncias).
Apesar da grave situação gerada pela manutenção das ambulâncias, Daniel Corrêa garante que o SAMU está atendendo todas as regiões de Porto Alegre. No entanto, admite que, eventualmente, pode ocorrer um aumento do tempo de espera. O coordenação da SAMU ficou de verificar e dar uma resposta ao Simpa sobre a falta dos condutores terceirizados e o possível não cumprimento de contrato. A Assessora Técnica da SMS, Tayane Nakamura, também participou da reunião.
Para o diretor geral do Simpa, João Ezequiel Mendonça da Silva, a solução mais adequada seria o SAMU dispor de servidores e de oficina própria, visto que o tamanho da frota indica que o atendimento do SAMU é extremamente relevante. O diretor reiterou o papel do Simpa, tanto em relação ao zelo no que se refere às condições de trabalho, quanto aos aspectos dos direitos da população de dispor de atendimento público e de qualidade.
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