Descaso de Marchezan com trabalhadores terceirizados prejudica PACS

TERCEIRIZADOS SAUDE

Mais um sinal dos problemas da gestão da saúde na cidade de Porto Alegre foi constatado, no dia 25/04, pelo Simpa. Por falta de pagamento, quatro cozinheiras e três auxiliares da empresa terceirizada ML Correa, que presta serviço de alimentação no PACS, juntamente com outros funcionários, pararam suas atividades.

Os funcionários preparam 200 refeições por dia para usuários e funcionários do pronto-atendimento e, com a paralisação no dia 25, às 13 horas, faltou comida.

As trabalhadoras não recebem os salários desde março, o que tem gerado problemas financeiros para elas e suas famílias. Para atender à demanda do PACS, duas servidoras efetivas estão preparando as refeições, mas por falta de condições de prestar melhores serviços – uma vez que são apenas duas cobrindo o serviço de sete pessoas –, foram preparados somente dois tipos de alimentos, carreteiro e sopa, insuficientes para responder às necessidades nutricionais básicas de pacientes e funcionários.

O Simpa esteve no local e constatou as dificuldades enfrentadas pelas trabalhadoras terceirizadas, que tiveram seus direitos desrespeitados. O Sindicato espera que a Prefeitura  tome as providências necessárias para que a empresa terceirizada regularize o quanto antes o pagamento dos salários a fim de normalizar a situação.

Ao mesmo tempo, o Sindicato reafirma que a política de terceirização do serviço público é negativa por vários aspectos: por substituir, em geral de maneira inadequada, a mão de obra do servidor concursado pela do terceirizado; por encarecer o serviço prestado, uma vez que as empresas privadas buscam o lucro, diferentemente do poder público, que deve responder aos interesses e necessidades da sociedade, e por ser a terceirização uma modalidade de trabalho extremamente precarizante para os prestadores de serviço.

Na equação geral, portanto, a terceirização representa perdas para a população, desmonte do serviço público e precarização das relações de trabalho. Só quem lucra são as prestadoras e os gestores descomprometidos com a estrutura pública e que visam à redução do papel do Estado para privilegiar os interesses privados.

 

Tags: PACS, Saúde, simpa, Terceirização

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