Denúncia do Simpa suspende acordo de Marchezan com a Bayer

BYER PERDE

Em mais uma tentativa de vender o SUS à iniciativa privada, o governo Marchezan consentiu à empresa farmacêutica Bayer o teste do SIU-LNG (Sistema Intrauterino) em meninas que moram nos abrigos da capital. O produto anticoncepcional já havia sido rejeitado pelo SUS, em 2016, pelos danos causados. Ao receber a notícia, o Simpa encaminhou denúncia ao Conselho Municipal de Saúde e ao Coren-RS. Nessa semana, a Defensoria Pública da União, a Defensoria Pública do Estado do RS e a ONG Themis suspenderam o acordo firmado entre Ministério Público Estadual, Prefeitura Municipal, Bayer, Hospital de Clínicas, Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas e Ministério Público Estadual.

Diversas falhas foram apontadas no caso, entre elas, o fato de que a bula do medicamento recomenda que as usuárias recebam acompanhamento anual de um ginecologista. Além disso, o dispositivo vence após cinco anos de uso e não há nenhuma garantia de acompanhamento das jovens durante ou após esse período.

Os testes de SIU-LNG (Sistema Intrauterino) consistem na aplicação direta do produto no útero das meninas que, gradualmente, libera um hormônio para impedir a gravidez. Segundo o acordo, a única responsabilidade da empresa era ‘doar’ 100 unidades do SIU-LNG ao governo.

O Simpa repudia mais um desrespeito do prefeito ao SUS. Sindicato e categoria seguem a luta em defesa dos serviços públicos e da cidade, contra o sucateamento, privatização e terceirização do Sistema Único de Saúde.

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