Coren-RS move ação por irregularidades no HMIPV e HPS após denúncias do Simpa, ASHPS e servidores

Após denúncias feitas pelo Simpa, ASHPS e servidores públicos municipais, o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RS) entrou com ação civil pública contra a gestão municipal por irregularidades no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV) e Hospital de Pronto-Socorro (HPS).

No caso do HMIPV, a ação aponta irregularidades no dimensionamento das equipes de enfermagem. Conforme noticiado pelo Coren-RS, a medida foi tomada após inúmeras fiscalizações no serviço de saúde e tentativas de negociação para o ajuste adequado do quadro de funcionárias(os). De acordo com o órgão, “entre os problemas apontados pelo Departamento de Fiscalização (Defisc) do Coren-RS, está a falta de enfermeiras(os) durante todo o período de funcionamento do hospital, considerando que essas(es) profissionais assumem mais de um setor ao longo do turno de trabalho. Além disso, foi apontada a falta de readequação de trabalhadoras(es) dentro do déficit apresentado pela instituição de saúde”.

Quanto ao HPS, também após fiscalização, o Coren encontrou, igualmente, irregularidades recorrentes no que diz respeito ao dimensionamento das equipes, após afastamento de 101 profissionais de um total de 457. Com isso, apontou o Coren, “o déficit é considerado significativo e sobrecarrega empregadas(os) com remanejos e horas extras, além de banco de horas. Conforme a coordenadora do Departamento de Fiscalização (Defisc) do Coren-RS, Cláudia Mastrascusa, essa situação proporciona condições para ocorrência de acidentes e enfermidades relacionadas ao trabalho. Além disso, facilita o aumento da taxa de absenteísmo, acidentes de trabalho, erros de medicação, exaustão e sobrecarga laboral”.

O Simpa apoia a medida e espera que a Justiça acolha os argumentos apresentados, uma vez que está em risco a saúde e a vida dos servidores e dos usuários dos hospitais. Para o Sindicato, a situação apontada mostra o descaso da gestão Marchezan com o SUS e os resultados de sua política sistemática de desmonte e precarização do Sistema.

Com informações do Coren-RS