Comunidade do Lami protesta contra transferência de responsável pela reserva ambiental

Foto: Guilherme Almeida/CP

Um abraço simbólico, em protesto contra mudança na gestão da Reserva Biológica do Lami José Lutzenberger, foi realizado na manhã deste domingo, por moradores da região, que fica no Extremo Sul de Porto Alegre. Na semana passada também houve manifestação, em frente à sede da reserva, na Avenida Otaviano José Pinto, denunciando a ação de desmonte da gestão ambiental pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Smams) no governo Marchezan.

 

A unidade preservação desenvolvia atividades de educação ambiental com escolas do bairro, organizando ações de manejo na reserva e denunciava as invasões de terra, desmatamentos e compra e venda ilegal de terra no Lami.

 

Segundo a comunidade, a decisão foi tomada de maneira unilateral, “sem diálogo e sem o conhecimento do trabalho realizado pela UCs [Unidades de Conservação]” e “os Conselhos Consultivos destas Unidades de Conservação não foram sequer comunicados previamente da decisão”.

 

Em petição online feita para angariar apoios contra a medida, os moradores do Lami apontam que a decisão da Smams foi tomada “sem consulta e sem motivação”.

 

A petição coloca ainda que “a eventual nomeação, para o cargo, de um novo gestor sem experiência e desconhecedor da realidade e de ações desenvolvidas, acarretaria prejuízos graves às atividades das referidas UCs. Consolidaria a sensação de desimportância de parte da atual gestão da Smams quanto ao papel das UCs municipais”. Reivindica a manutenção, na Reserva do Lami e no Refúgio da Vida Silvestre Morro São Pedro, de profissionais técnicos, concursados e com experiência no funcionamento das Unidades de Conservação da Smams.

 

Ao final, apelam para que a Smams “reveja com urgência a decisão”.

 

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RESERVA

Com 204,4 hectares, a Reserva Biológica do Lami José Lutzeberger foi inaugurada em 1975 e entre seus principais objetivos estão a conservação da natureza, a pesquisa científica, a educação ambiental e a proteção de espécies ameaçadas de extinção em diferentes status de conservação.

A unidade de conservação possui diversos ambientes como matas ciliares, banhados, juncais, matas de restinga, maricazais, vassourais e campos arenícolas, contribuindo para a diversidade de espécies da flora e fauna silvestre. Possui cerca de 300 espécies vegetais nativas, espécies animais e aproximadamente 200 espécies de aves nativas, inclusive migratórias. Os banhados e os juncais, são considerados berçários para muitos organismos aquáticos como peixes, anfíbios e moluscos. Nas elevações arenosas, são encontradas ovos de tartaruga e de lagartos.

 

Incluindo informações publicadas no jornal Correio do Povo (19/08/2020) – Por Cláudio Isaias
https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/geral/moradores-do-lami-se-manifestam-contra-sa%C3%ADda-de-diretora-de-reserva-biol%C3%B3gica-jos%C3%A9-lutzenberger-1.467613

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