As centrais sindicais CUT, CTB, CSP Conlutas e os sindicatos SERGS, Sindisaúde RS, Sindipetro-RS demonstraram apoio à greve dos municipários em ato unificado, nessa manhã (01/11). A unidade mantém a greve forte para continuar a tentativa de negociar com o governo Marchezan Júnior (PSDB). Os representantes das centrais afirmaram que a luta deve ser travada no Paço Municipal, mas também na Câmara de Vereadores e em qualquer espaço onde se possa fazer um diálogo com a população. Representantes da ATEMPA, municipários da Saúde e do DMAE e a vereadora Sofia Cavedon (PT) também estiveram presentes.
No início do ato, o diretor geral do SIMPA, Jonas Tarcísio Reis, mencionou o infeliz comentário do prefeito, que chamou a greve dos municipários de comportamento infantil na imprensa. Os municipários sentem-se desrespeitados com esta fala, pois estão lutando para receber seus salários em dia e derrubar um pacote de projetos que destrói o plano de carreira do funcionalismo, bem como defender o DMAE e a CARRIS públicos. A greve é a atitude mais brava e coerente que os trabalhadores poderiam ter perante os ataques do governo.
Desde janeiro, o prefeito está escondendo os números orçamentários da Prefeitura para o SIMPA. De acordo com o diretor financeiro do Sindicato, Adelto Rohr, na última segunda-feira (30/10), a Prefeitura precisava de R$ 3,8 milhões para integralizar as contas do funcionalismo, tendo R$ 344 milhões em caixa (dados do Portal da Transparência). Mesmo assim, parcelou os salários dos municipários. Há cinco meses, o prefeito parcela os salários dos servidores municipais e continua com o discurso de que não tem dinheiro. Após o pedido do SIMPA, o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS) determinou uma inspeção especial nas contas da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, referente ao ano de 2017.
Hoje, o prefeito anunciou que iniciaria uma mesa para discutir a privatização do DMAE. “Quem são os técnicos do DMAE que estão discutindo nesta mesa?”, questionou a diretora geral do SIMPA, Luciane Pereira da Silva. Para ela, existe convicção que o DMAE tem a capacidade de manter-se público e com qualidade para a população.
ATO DA EDUCAÇÃO
Na próxima segunda-feira (6/11), municipários e municipárias participarão de um ato em defesa do serviço público e da educação, na segunda-feira, dia 6 de novembro, às 9h, no Paço Municipal. As centrais, CPERS, estudantes e outros movimentos sociais vão integrar a mobilização.
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