O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, esteve em Porto Alegre, nesse sábado (13/5), falando sobre resistência e reorganização da esquerda em tempos de golpe. O debate foi organizado pelo SIMPA e pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, no Largo Zumbi dos Palmares, com presença das centrais sindicais CUT, CTB, CSP Conlutas e Intersindical e da Abong. Para Boulos, temos uma tarefa imediata: “ocupar Brasília, no dia 24/5, para fazer o enfrentamento com o governo Temer no gramado do Congresso Nacional”.
Ele defende que a única forma de enfrentar esse governo é manter uma unidade ampla contra as medidas de Temer, convocando em seguida Diretas Já! Também reforça a necessidade de repensar um programa de esquerda que enfrente os reais privilégios, como os lucros e juros bancários e defenda um sistema político aberto, com participação popular. Mas, para isso acontecer, este programa precisa ter “lastro”. De acordo com Boulos, “tem que ter capacidade de organização, trabalho de base e mobilização social”, ou não funciona.
Faz mais de um ano do impeachment de Dilma Rousseff e, apesar da grande polarização entre esquerda e direita no País, parte dos brasileiros deram-se conta de que as reformas da Previdência e Trabalhista do governo Temer prejudicam toda população. A rejeição ao governo é grande e a greve geral do dia 28 de abril foi a maior dos últimos tempos. Segundo dados do jornal Brasil de Fato, 35 milhões de trabalhadores pararam. Ainda assim, Temer não recua e quer votar a todo custo as medidas que vão retirar direitos da classe trabalhadora.
O dia 24/5, em Brasília, será mais um enfrentamento entre os trabalhadores e Temer contra as reformas da Previdência e trabalhista. As centrais sindicais estão de acordo com a ocupação e já estão estudando formas de ampliar a resistência, atingindo os movimentos sociais, estudantis e populares.
Fotos: Mariana Pires
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