O Simpa e a categoria municipária realizaram, na tarde desta quarta-feira (6), ato público em frente ao Paço Municipal, reivindicando à gestão Melo a reposição inflacionária de 26,66% sobre os salários dos servidores públicos de Porto Alegre, que não é concedida há cinco anos. Durante o ato, diretores do sindicato pleitearam reunião e foram recebidos por representantes do governo, entre os quais o chefe de gabinete, André Coronel.
No encontro, o Simpa reafirmou sua disposição ao diálogo e a urgência de o governo Melo responder à reivindicação, considerando a grave situação vivida pela categoria, marcada pelo arrocho salarial e pela inflação galopante. O Simpa propôs a retomada imediata da mesa de negociação, após o cancelamento repentino de reunião, por parte da prefeitura, que estava marcada para esta terça-feira (5).
A representação do Executivo se comprometeu a levar as demandas ao prefeito e a responder concretamente ao sindicato, até o final desta semana, sobre a retomada das negociações. Em apoio ao pleito da categoria, também participaram da reunião a deputada estadual Sofia Cavedon (PT) e o vereador Jonas Reis (PT).
Além dos prejuízos impostos pelo arrocho salarial, os servidores e servidoras amargam, ainda, uma série de outros prejuízos, entre as quais o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14% e perdas irrecuperáveis em suas carreiras e em sua aposentadoria por conta de mudanças na legislação municipal realizadas nos últimos anos.
Para corrigir parte dessas perdas, o Simpa pede a reposição inflacionária de 26,66%, a revisão do valor do vale-alimentação e o início do pagamento das progressões atrasadas desde 2012, entre outros itens da pauta de reivindicações.
Reposição já!
Com cartazes, bandeiras e faixas os municipários e municipárias protestaram em frente à prefeitura pedindo respeito ao direito à reposição, que, embora garantida em lei, tem sido sistematicamente ignorada por Sebastião Melo e seu antecessor, Nelson Marchezan Jr. Ao mesmo tempo, os servidores entregaram panfletos e conversaram com a população mostrando a real situação dos trabalhadores que atendem a cidade.
Para se ter uma ideia do peso que a falta de reposição tem na vida da categoria, dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) de agosto mostram que o valor da cesta básica em Porto Alegre – a mais cara do país – foi de R$ 664,67, variação mensal de 1,18% e de 7,96% no ano, acumulando 25,74% em 12 meses.
PEC 32 não!
A categoria municipária também está na luta, junto com os servidores públicos estaduais e federais, contra a PEC 32 (reforma administrativa). A proposta, apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro e que tramita na Câmara, é mais um ataque aos serviços públicos e aos direitos do funcionalismo por abrir caminho para a corrupção, o apadrinhamento político, o desmonte e as terceirizações, além de prejudicar o servidores em todos os níveis da administração.
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