ARTIGO – A luta pela educação em 2021

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Por Luciane Pereira, professora e diretora do Simpa

ARTIGO PUBLICADO NO NEGRA ALDEIA – Nº 163 – INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO NEGRA DE CULTURA

 

Historicamente, o Brasil é um país desigual. E Porto Alegre não é diferente. Mas este aspecto ficou ainda mais evidente com a chegada da pandemia. Além do terrível número de óbitos e das graves questões de saúde pública e econômicas que a pandemia aprofundou, há uma muitas vezes negligenciada, mas essencial para que possamos superar a desigualdade e o racismo estrutural: a educação.

 

Porto Alegre é a cidade com o maior abismo social entre negros e brancos, o que também se reflete na educação. Como professora da rede municipal de ensino, posso testemunhar o quanto a educação remota é inacessível para a maioria das crianças de nossa periferia, boa parte negra. Falta internet, computador e mesmo celular, diferentemente do que ocorre com as crianças brancas das escolas particulares. Para nossas crianças, portanto, o ano de 2020 foi especialmente cruel porque além de tudo que a pandemia impôs, elas também se viram apartadas de um de seus direitos mais básicos.

 

Por isso, é fundamental que todos nós, como sociedade e em especial como educadores, continuemos lutando, em 2021, por uma política educacional verdadeiramente inclusiva, que valorize a escola pública e leve em conta as desigualdades, sobretudo as de ordem racial. Somente assim seremos capazes de construir um novo Brasil, livre do racismo e das injustiças.

 

LEIA O NEGRA ALDEIA – BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO NEGRA DE CULTURA

Negraldeia 163

Tags: Artigo, Movimento Negro, municipários, Negra Aldeia, Opinião, Porto alegre, simpa, sindicato

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