Após protesto na FASC, pagamento dos salários dos terceirizados é realizado

Os trabalhadores e trabalhadoras do Cadastro Único (CAD) de Porto Alegre conseguiram receber os seus salários, na manhã desta terça-feira, 11/01, após protesto realizado em frente à fundação. A pressão dos trabalhadores fez com que o vice-presidente da Fasc recebesse o Cores Fasc, Simpa e representantes dos entrevistadores. O pagamento foi autorizado, na mesma hora. Os trabalhadores só liberaram o acesso por completo após os depósitos em suas contas. Todos receberam até o início da tarde.

Reunião com vice-presidente da Fasc

A manifestação que contou com apoio de vereadores e assessores parlamentares se deu por conta da constante precarização dos trabalhadores terceirizados da Fasc, que ficaram, mais uma vez, sem receber os salários e estão atuando sem direito ao revezamento e aos protocolos sanitários, justo quando há aumento da Covid-19 e proliferação do vírus H3N2. A empresa terceirizada da vez é a Lyon Serviços Terceirizados Ltda, mas, em 2020, a empresa era a Lazari Serviços de Gestão de Mão de Obra Ltda.

“Mais uma vez, fica provada a precarização das relações de trabalho e os prejuízos que as terceirizações trazem para a população. O Simpa defende que a entrada nos serviços do Município seja pelo concurso público, para cargos efetivos e estatutários”, argumentou o diretor geral do Simpa, João Ezequiel. O sindicato esteve presente no ato para prestar solidariedade aos terceirizados que estão sendo prejudicados pelo governo Melo.

A representante do Cores Fasc, Sibeli Diefenthaeler, explica que o trabalho das entrevistadoras e entrevistadores é fundamental na Assistência Social porque eles fazem o cadastramento para a população mais vulnerável acessar todos os programas e benefícios sociais, o auxílio que se chamava Bolsa Família, os serviços de convivência e fortalecimento de vínculos ou isenção de taxa para concurso, entre outros.

REUNIÃO DIA 14

Na sexta-feira, 14/01, o Cores Fasc, Simpa e os representantes dos entrevistadores terão reunião com a gestão da Fasc para debater um plano para o Cadastro Único de Poa.

“Esperamos conversar sobre a precarização dos trabalhadores, que atuam sem equipamentos, como computador, e sem sistema adequado para fazer os cadastros. Ainda são cobrados pela produtividade sem ter as condições adequadas de trabalho”, afirmou Sibele.