VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL: Autoritarismo de Marchezan e Nagelstein resulta em ataque truculento aos municipários

Onze de julho de 2018. Uma data para entrar tristemente para a história de Porto Alegre como o dia em que trabalhadores e trabalhadoras que servem ao município foram violentamente agredidos pelo Pelotão de Operações Especiais (POE), da Brigada Militar, na Câmara Municipal, a Casa do Povo, pelo simples fato de fazer valer seu direito democrático e constitucionalmente garantido de protestar.

 

Bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e cassetetes foram usados contra os servidores à tarde durante a sessão que votaria os projetos de lei que tratam da previdência complementar (PLCE 07/18) e o que muda o regime e a carreira da categoria (PLCE 08/18). Durante reunião do Colégio de Líderes, ainda pela manhã, Marchezan impôs, de forma ditatorial, inverter a priorização dos projetos que já havia sido decidida pelos vereadores, posição que teve 12 votos favoráveis e cinco contrários.

 

Em mais um exemplo de união e mobilização contra a usurpação de seus direitos, os servidores e servidoras atenderam ao chamado do Simpa para ocupar a Câmara e pressionar os vereadores e derrubarem os projetos.

 

Parte da categoria conseguiu entrar para acompanhar a sessão, mas outra parte foi impedida. A direção do Simpa tentou convencer a Presidência da Câmara a liberar a entrada dos trabalhadores, mas não foi atendida. Foi então que o presidente da Câmara, Valter Nagelstein (MDB), de forma covarde, resolveu chamar o POE da BM para intimidar os servidores. Uma tocaia, então, foi armada: os servidores, antes impedidos de entrar na Câmara, tiveram sua passagem liberada. Ato contínuo, o POE atacou violentamente os trabalhadores, no hall em frente ao plenário, com spray de pimenta, gás lacrimogêneo e cassetetes. Quatro servidores foram feridos e uma servidora foi presa.

 

O Simpa lamenta o cerceamento, de maneira truculenta e ditatorial, de um direito constitucionalmente garantido: o da liberdade de protestar contra o arbítrio e contra a retirada de direitos por um prefeito que quer, a todo custo, acabar com os serviços públicos e com a cidade. Por isso, reforça o chamado para que os servidores estejam na Câmara nesta quinta-feira, 12, a partir das 7h30 – já que foi convocada sessão extraordinária pela manhã; em seguida, será realizada assembleia da categoria.

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