Mais uma vez, o Brasil assistiu a truculência das forças de segurança contra servidores públicos em protesto por seus direitos. Nesta semana, professores e trabalhadores da educação de Salvador foram violentamente reprimidos por guardas municipais, que usaram spray de pimenta, bombas de gás lacrimogêneo e armas como se estivessem diante de um inimigo.
O Simpa se solidariza com os trabalhadores atacados e repudia com veemência esta prática, que parece estar se tornando corriqueira no Brasil pós-golpe. Episódios como este foram vistos recentemente em Belo Horizonte, São Paulo, Cachoeirinha; vivemos na pele este mesmo tipo de ataque no dia 11 de julho, quando municipários e municipárias de Porto Alegre também foram covardemente agredidos pela BM e GM na Câmara Municipal.
Cada vez que um professor ou professora, um servidor ou servidora, é agredido enquanto luta pelos seus direitos mais básicos, o que está sendo atacada é nossa democracia, nosso Estado democrático de direito, nossa Constituição. O direito à manifestação – assim como à greve – é um valor conquistado a duras penas no processo de abertura pós-ditadura. Não podemos admitir que episódios como estes se tornem rotina, banalizando o uso da violência, jogando servidores contra servidores e restituindo o autoritarismo como regra das relações institucionais e sociais.
O Simpa defende o aprofundamento da democracia, do direito à liberdade de expressão, à greve, à manifestação, bem como a ampliação da participação social nos destinos do país, elementos essenciais para construirmos uma nova etapa na história de nossa nação com justiça, igualdade e dignidade para todos e todas.
Simpa
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