Simpa repudia conduta da SMED

nota de repudio smed

Lamentamos que a SMED – Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre – se aproxime das escolas apenas para criminalizar os trabalhadores e trabalhadoras em educação.

 

O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) repudia esta atitude, pois sabe bem quantos ofícios e tentativas fez para dialogar com os gestores e foi solenemente ignorado. Se a SMED conversasse com as representações da categoria e respeitasse os professores poderia já ter resolvido a questão do calendário escolar dos dias de greve.

 

O Simpa entende que um secretário que nunca ouviu os trabalhadores não pode iniciar esta aproximação perseguindo as direções. Cada direção está organizando o calendário escolar de forma autônoma, como sempre foi na Rede Municipal de Ensino. Os educadores sabem do seu compromisso com os alunos e familiares e vão cumprir as 200 dias e 800 horas do ano letivo.

 

O Simpa gostaria de ver este empenho em procurar as direções em outros momentos, também. Ao longo do ano, a SMED evitou se aproximar das escolas. Sem Guardas Municipais, as escolas ficaram suscetíveis a casos de violência e conflitos os quais as direções tiveram que resolver sozinhas junto ao corpo de professores. Na época, o Simpa tentou uma aproximação para dialogar, mas, novamente, o secretario evitou tratar com o Sindicato e transferiu a responsabilidade para as frentes parlamentares na Câmara de Vereadores.

 

Lamentamos que a SMED não tenha respeitado o estabelecido pelo Tribunal de Justiça do RS no acórdão que considerou a legalidade da greve justa realizada pelos servidores municipais, diante do parcelamento dos salários e não reajuste da inflação. Se a secretaria tivesse promovido a diálogo e aceitação da mobilização da categoria poderia ter resolvido com as escolas da rede o calendário, de forma a construir uma alternativa de garantia do ano letivo.

 

A falta de mais de 600 profissionais na rede porque o governo não nomeia, nem realiza concurso público é mais uma face do abandono e da precarização que sofrem as escolas. Com todas estas dificuldades, as direções se organizam e resolvem sozinhas as suas dificuldades, porque sabem que o debate não existe com esta gestão. Não vamos admitir que agora a SMED promova uma aproximação que visa apenas criminalizar os trabalhadores. O Simpa está disponível para dialogar e resolver as dificuldades das escolas como o representante legal da categoria de educadores municipários.

 

Nas fotos, precarização e falta de gestão da SMED X projetos bem sucedidos da Rede Municipal de Ensino. Confira:

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