A direção do Simpa ingressou, nessa terça-feira (25/1), com representação na Promotoria de Justiça de Direitos Humanos do Ministério Público RS (MP/RS), para que sejam instaurados procedimentos administrativos cautelares em relação à falta de servidores e a precária estrutura na rede municipal de saúde de Porto Alegre.
Diversos equipamentos da rede municipal agonizam com a falta de política pública adequada e eficaz, prejudicando o atendimento à população. Não há servidoras e servidores públicos em número suficiente para dar conta da demanda, além da precária estrutura física e de insumos. Deficiências que preocupam, ainda mais, no atual quadro da pandemia.
O Simpa participou, juntamente com outras associações e sindicatos da área da saúde, de diversas reuniões com diretores gerais e com o secretário municipal de Saúde, durante o ano de 2021, mas o governo não apresentou nenhuma perspectiva de resolução. Enquanto isso, unidades importantes de pronto atendimento e hospitais estão à beira do colapso.
No PACS – Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul:
– Faltam técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos. O quadro está agravado pelo afastamento de profissionais positivados para Covid19, tendo em vista a rápida disseminação da variante Ômicron, da Covid19 denominada.
– Salas de atendimentos superlotadas, sem janelas para a rua e com ar condicionados estragados, o que torna o atendimento extremamente perigoso e aumenta os risco de contágio da Covid19, tanto para pacientes como para os profissionais. Estes pacientes ficam por vários dias nestas condições em leitos e macas do PACS (Emergência Clínica, Emergência Pediátrica, Emergência Psiquiátrica e etc.) aguardando internação hospitalar.
– Serviço de nutrição prestado por empresa terceirizada que não diferencia dietas conforme as enfermidades. Pacientes diabéticos recebem a mesma refeição que pacientes não diabéticos. Familiares estão levando comida de casa, para garantir um mínimo de cuidado.
No HMIPV – Hospital Materno Infantil Presidente Vargas:
– Faltam técnicos de enfermagem e enfermeiros em todo o hospital. Aqui também o quadro foi agravado pelo afastamento de profissionais positivados para Covid19.
– Aglomeração de acompanhantes das gestantes e parturientes no Centro Obstétrico em ambientes extremamente pequenos e sem nenhuma ventilação.
– Não há isolamento adequado no setor, pois, nos poucos quartos existentes, não há banheiro nem pia separados, impedindo a adequada separação entre pacientes positivados pela Covid19 dos demais pacientes.
No HPS – Hospital de Pronto Socorro:
– Faltam técnicos de enfermagem e enfermeiros em todo o hospital. Aqui também o quadro foi agravado pelo afastamento de profissionais positivados para Covid19.
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