Com o tema ‘Inclusão: eu visto esta camiseta!’, aconteceu o 1º Congresso da Educação Inclusiva do RS nos dias 24 e 25/3 (sexta-feira e sábado). O evento organizado pela sociedade civil, no auditório Dante Barone – Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul em Porto Alegre, contou com a participação de 600 pessoas de quase 100 municípios do estado e teve como objetivo debater boas práticas e educação para os direitos das pessoas atípicas nas escolas, em especial, estudantes com deficiência.
Realizado durante a 7ª Semana Estadual da Síndrome de Down, a organização é da Associação Mães e Pais pela Democracia (AMPD), do Instituto Lagarta Vira Pupa e da Federação Brasileira da Síndrome de Down com 20 entidades parceiras, entre elas, o SIMPA. Bete Charão, diretora do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre e monitora na educação do município, destacou a importância da realização deste Congresso.
“É vital no momento atual, quando há uma busca por conhecimento, formação e troca de saberes sobre e com o aluno com deficiência e o aluno com necessidades especiais de aprendizagem e, principalmente, quando não está sendo uma prioridade para os governos municipal e estadual. Com o sucateamento das escolas públicas, há pouca ou nenhuma valorização para os trabalhadores da educação e um descaso com os alunos e suas famílias”, disse Bete. A diretora também apontou que em diversas mesas foi abordado o papel e a importância do monitor dentro da sala de aula paras a qualidade da aprendizagem destes estudantes. “A ausência desse profissional é prejudicial no processo pedagógico e inclusivo”, agregou.
Durante os dois dias de Congresso ocorreram 13 mesas temáticas para debate e apresentação de boas práticas de inclusão na escola, incluindo em quatro delas 10 trabalhos de estudantes. Com um total de 70 palestrantes, diversos deles municipários de Porto Alegre atuam na área. Além das mesas foram realizados seis workshops com objetivo de educar para os direitos e instrumentalizar mães, pais e profissionais, uma aula Magna com a deputada estadual de SP e fundadora do Instituto Lagarta Vira Pupa Andréa Werner, quatro apresentações culturais com pessoas com deficiência e uma exposição de seis trabalhos e livros da comunidade atípica e da educação inclusiva.
Já na abertura, o evento propôs estabelecer um Pacto pela inclusão escolar no Rio Grande do Sul com os participantes, as organizações presentes e as representações governamentais e legislativas que integraram a mesa de abertura. Ao longo das 20 horas de Congresso foi construído um documento com a síntese dos pontos trazidos pelos participantes e que, posteriormente, passará a ser uma agenda prioritária em defesa da educação inclusiva no Estado. Para as entidades organizadoras, após o sucesso do primeiro Congresso, a expectativa é que ele volte a ocorrer ano após ano, cada vez maior e melhor, transformando a educação inclusiva no Rio Grande do Sul.
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