Como parte do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Serviços Públicos, contra as Privatizações e a Reforma Administrativa, realizado em diversas cidades do país nesta quarta-feira, 30, a Frente de Servidores Públicos do RS realizou ato em frente ao HPS. A FSP congrega mais de 20 entidades representativas do funcionalismo público gaúcho nas esferas federal, estadual e municipal, entre as quais o Simpa, que esteve presente ao ato.
Sob a bandeira “Não é uma reforma. É o fim dos serviços públicos”, os manifestantes procuraram chamar atenção da sociedade para os riscos embutidos na reforma administrativa de Bolsonaro. Usando da velha falácia de que a reforma vai enxugar a máquina pública e vai ajudar no combate à crise, o governo Bolsonaro enviou uma proposta ao Congresso no começo de setembro que, na prática, precariza ainda mais os serviços prestados à população, ataca direitos dos servidores e abre caminho para deixar os funcionários públicos desprotegidos frente a ordens e atitudes arbitrárias, autoritárias e antirrepublicanas de governos de plantão.
Vale destacar ainda que, ao contrário do que se pensa, não há excesso de servidores no país. Conforme o Banco Mundial, a proporção entre a quantidade de funcionários públicos e a população corresponde a 5,6%, pouco acima da média da América Latina (4,4%) e abaixo da média da OCDE, que gira em torno de 10%.
A reforma administrativa “vai trazer uma série de prejuízos aos interesses da população brasileira. A resistência e a luta são necessárias para impedir que o serviço público seja desmantelado. Não à reforma administrativa e por mais serviços públicos de qualidade para a população brasileira!”, disse o diretor geral do Simpa, Alexandre Dias, durante o protesto.
“O ato de hoje é o início de uma jornada de lutas contra essa reforma administrativa. Os governos que querem aprová-la — como o de Bolsonaro, que mandou esse projeto para o Congresso Nacional — querem, na verdade, poder desmantelar os serviços públicos e mandar sem que haja servidores que os impeçam de fazer atos de corrupção e desvio do dinheiro público. Por isso nós, servidores e população, temos de barrar essa reforma”, destacou João Ezequiel, diretor geral do Simpa.
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