Nesta segunda-feira, 1º de maio de 2023, a diretoria do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), juntamente à categoria, esteve presente nos atos de luta e de esperança realizados nesta data tão importante. Neste ano, um misto de sentimentos foi identificado nas atividades, por um lado a comemoração da derrota da extrema-direita e a retomada dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores no Brasil. De outro, a continuação da luta que vem sendo travada em Porto Alegre contra o desmonte, a precarização e a retirada de direitos por parte do governo Melo.
Para o municipário e presidente do Conselho de Administração do Previmpa, Adelto Rohr, é muito importante os municipários se agregarem na luta geral dos trabalhadores para conquistar e manter a democracia e os direitos dos trabalhadores. “Essa é a importância de comemorar o 1º de maio em 2023”, destacou.
Para Adriane Coelho de Oliveira, municipária aposentada da SMED, o 1º de maio deste ano tem muita representatividade por marcar um momento de reconstrução. “Hoje, a gente faz a luta e a reconstrução desse país que tem muita coisa destruída. E os municipários aposentados estão sempre presentes na luta. Agora precisamos retomar a Porto Alegre alegre para todos nós”, completou.
Para o Simpa, a luta pela retomada de uma Porto Alegre melhor e pelos direitos das servidoras e servidoras segue firme. O governo de Sebastião Melo não possui consideração com as trabalhadoras e trabalhadores, muito menos com a população de Porto Alegre cotidianamente atendida justamente por essas pessoas. A origem da existência dos servidores públicos é garantir para toda a cidade o serviço e o acesso aos bens públicos e com a transferência do serviço público para a iniciativa privada cada vez mais se restringe a qualidade e o acesso apenas para determinada parcela da população.
Por essas e outras razões que o sindicato iniciou o processo de data-base 2023 com a categoria municipária, construindo a pauta de reivindicações para cobrar do governo de Sebastião Melo a reposição das perdas salariais e as garantias necessárias para efetuar o trabalho com qualidade.
Presente no ato, a servidora da saúde Tania Pinheiro Machado comentou sobre a terceirização na prefeitura. “O trabalhador da terceirizada trabalha muito, e nós e o sindicato não somos contra nenhum trabalhador, mas sim contra a forma como eles são contratados. Inclusive tem PJ (pessoa jurídica/cnpj) na prefeitura, algo que um tempo atrás era inadmissível”, frisou a servidora.
A professora municipária Camila Reis, destacou os inúmeros problemas graves que a educação passa em Porto Alegre. Entre eles, pontuou a ausência de professores, monitores, servidores para a portaria e a insegurança. “A educação na cidade de Porto Alegre está cada vez mais precarizada, e isso não é de hoje, mas a situação está agravada, além da falta de recursos humanos, há estruturas comprometidas, falta de investimentos mínimos necessários e as escolas estão cada vez mais sofrendo”, pontuou.
Além dos processos de privatização e da situação da educação, a luta segue em todas as demais áreas e departamentos do governo municipal. Por isso, a diretoria do Simpa reforçou a chamada para que a categoria esteja na Assembleia Geral que será realizada na próxima quarta-feira (03/05), às 19h no auditório Dante Barone na Assembleia Legislativa para finalização do documento a ser entregue ao governo Melo com as reivindicações da data-base 2023.
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