Simpa participa de ato contra arboricídio em Porto Alegre

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Secretário Germano Bremm recebeu o troféu de prata de “arboricida do ano” em ato contra o corte de árvores na cidade. Os diretores do Simpa, Edson Zomar e César Rolim participaram da atividade contra o corte de árvores em Porto Alegre, na última sexta-feira (20/10), em frente à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (SMAMUS). A ação foi organizada pelo Movimento Salve os Parques e pela Rede Preserva PoA que reúnem cerca de 70 organizações cidade. O ato foi marcado pela entrega de um troféu, um machado de prata de “arboricida do ano”, destinado ao secretário Germano Bremm, titular da pasta e recebido pelo chefe de gabinete do secretário, Joaquim Cardinal. Além disso, foi entregue um documento, elaborado pelo Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (InGá), contendo o levantamento dos cortes de árvores na cidade também foi entregue ao representante da SMAMUS.

 

A mobilização teve como objetivo de denunciar o arboricídio que a cidade está testemunhando, levado a cabo por empresas terceirizadas. César Rolim lembra que “o Simpa defende a existência de espaços públicos arborizados e preservados pela administração pública. A nossa capital já foi uma das cidades mais arborizadas do país. Precisamos retomar as políticas públicas de preservação ambiental, sem parceirizações/terceirizações/concessões aos interesses e negócios privados”.

 

Segundo o documento entregue à SMAMUS, até outubro de 2022, foram executadas 28.606 podas e 1.695 cortes de árvores (supressão total). Em 2021, foram 32.316 e 981, respectivamente, o que demonstra que o número de corte de árvores quase dobrou de um ano para o outro. “Há uma quantidade muito grande de árvores sendo cortadas, parques também submetidos a esta lógica de concessões, o que implica num corte de árvores, podas mal feitas. Então, existe por parte da população de Porto Alegre uma indignação muito grande. Recebemos, quase todos os dias, fotografias, denúncias das pessoas. A gente entrega documentos a Smamus, não tem retorno, então a política aqui é deixar que se faça cortes indiscriminados”, afirma Paulo Brack,  professor da UFRGS e coordenador-geral do InGá.

 

Para as entidades, uma das causas do problema é o enfraquecimento da política ambiental e o repasse de serviços para empresas terceirizadas. “Vivencia-se um processo de enfraquecimento da política ambiental municipal, testemunhando-se o esvaziamento paulatino da então Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAM), que assumiu de forma questionável (sem discussão com a sociedade) o tema da urbanização e uma suposta sustentabilidade, a não ser de negócios inconfessáveis, agora com nome de SMAMUS, baseada no favorecimento de licenças para a expansão de projetos imobiliários de grandes empresas da construção civil, além da divisão de serviços de manejo da arborização com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSURB), agregando ambas significativa terceirização de serviços”, diz o documento.

 

O documento também destaca que as medidas da SMAMUS estão na contramão das necessidades de proteção ambiental da cidade, verificadas na recente inundação do Guaíba. “Percebe-se também, com esse absurdo corte de árvores e essa quase obsessão por cimentar as áreas verdes, um negacionismo climático. Arrancar o verde da cidade vai contra todas as propostas de mitigação do aquecimento global, está na contramão de tudo que vem sendo dito mundialmente”, diz o texto do InGá.

 

O Simpa permanece na luta em defesa de ações de proteção e preservação ambiental dos espaços públicos bem como de toda a cidade.

 

Notícia com informações do Portal Sul-21 – https://sul21.com.br/noticias/meio-ambiente/2023/10/ativistas-entregam-machado-de-prata-a-smamus-em-protesto-contra-arboricidio-na-capital/

Confira o documento entregue à SMAMUS

CHEGA DE ARBORICIDIO EM PORTO ALEGRE Versao Final

 

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