Na manhã desta quarta-feira (27/1), a direção do Simpa, representada pelo diretor Edson Zomar, juntamente com integrantes do Cores Fasc participaram de reunião com o presidente interino da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), Carlos Simões, para apresentar à nova gestão as principais lutas dos trabalhadores da Fundação. Após quatro anos de perseguições e arbitrariedades, por parte dos gestores, os municipários reivindicam a retomada do diálogo.
O primeiro ponto de pauta foi a “Campanha em Defesa do Abrigo Marlene: 25 anos de resistência”, na luta pela permanência do único abrigo público e estatal que restou na cidade, após o fechamento do Albergue Municipal e do Abrigo Bom Jesus. “Acabaram com as redes construídas nesses espaços, que acolhiam a população mais vulnerável, em parceria com as escolas municipais, os CAPS e serviços de geração de renda, como o GeraPOA”, relembrou a educadora social Veridiana Machado.
A municipária, que estava acompanhando os colegas do Cores Fasc, pediu mais seminários e educação permanente para quem atua nos abrigos, bem como a continuidade da política estatal na FASC, que teve praticamente todos os equipamentos entregues à iniciativa privada nos últimos anos.
O coordenador do Cores Fasc, Iago Cunha, reafirmou a necessidade de investimento na qualificação dos serviços e na valorização dos trabalhadores. Outro ponto da pauta foi a exigência de um plano de vacinação para os servidores da Assistência Social, mais EPIs nos locais de atuação e a possibilidade de um revezamento e escalas entre os trabalhadores da Fasc. “Se somos essenciais nesta crise, por que não estamos sendo vacinados?”, questionou Sibeli Diefenthaeler, representante sindical e integrante da CSST/FASC.
Outra pauta abordada, muito importante para a categoria, foi a necessidade de um encaminhamento para todas as sindicâncias abertas durante o governo Marchezan. Segundo o presidente interino da Fasc, são 100 processos parados. “Nunca vi algo assim. Isso é consequência da falta de diálogo na Fasc”, lembrou Veridiana. Para os integrantes do Cores Fasc, infelizmente, a sindicância virou instrumento de mediação de gestão, como forma de ameaça ao invés de diálogo.
CadÚnico
Diante do desmonte da Política de Assistência Social que o governo federal está promovendo, com a adoção de aplicativos para acesso ao Cadastro Único Para Programas Sociais (CadÚnico), os trabalhadores do Cores Fasc questionaram como será o serviço em Porto Alegre. Iago reforçou ao presidente interino a possibilidade de resgatar pessoas que já passaram por capacitações na rede do SUAS e foram demitidas ou transferidas para ocupar novas vagas. “Precisamos de bom atendimento e valorização”, concluiu.
Simões afirmou que a nova gestão da Fasc irá exercer a política do SUAS, mas, ainda precisa analisar melhor o serviço, pois ainda está em processo de transição de governo. A partir de fevereiro, a nova presidência assumirá e, segundo ele, outras reuniões poderão ser agendadas para dar continuidade ao diálogo.
Simpa e Cores Fasc avaliaram positivamente esta primeira agenda com a gestão da Fundação, embora interina. As pautas encaminhadas foram acolhidas e houve o reconhecimento dos problemas vivenciados pelos trabalhadores, em grande parte resultado da gestão Marchezan/Vera Ponzio.
Tags: Assistência Social, Cores Fasc, FASC
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