Simpa e ASHPS se reúnem com direção do HPS para tratar de casos de câncer entre trabalhadores do RX e horas-extras não pagas

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Representantes do Simpa e da ASHPS se reuniram, na manhã desta sexta-feira (4), com a direção do HPS, na sede do hospital, para tratar sobre a ocorrência de casos de câncer entre os trabalhadores, com dois óbitos, o que pode indicar a existência de vazamento de radiação ionizante do aparelho de raio-x. Outro ponto tratado foi o não pagamento, em janeiro, de horas-extras executadas em dezembro, problema que atinge cerca de 40 servidores.

Conforme relatado pelo presidente da ASHPS, Valdionor Freitas, em 2020, seis servidores do setor de raio-X do HPS tiveram câncer, e dois foram a óbito. Em 2021, mais um servidor apresentou quadro de câncer. “Pedimos providências à direção do hospital porque mesmo com dosímetros estando funcionando, temos motivos para acreditar na possibilidade de haver vazamento de radiação ionizante”, disse.

A direção do hospital disse que vai investigar a situação e solicitar à empresa que faz a manutenção dos aparelhos para fazer uma análise técnica. Também foi solicitado que haja acompanhamento do hospital e da associação a esses colegas adoentados, que estão sem condições de trabalhar, proposta que ficou de ser construída.

Horas-extras

Durante a reunião, o diretor-geral do Simpa, João Ezequiel, fez um relato sobre a situação das horas-extras realizadas em dezembro que não foram pagas a 40 servidores no contracheque de janeiro.

Após o relato, a direção do hospital afirmou que houve um problema no sistema na Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio e que já solicitou a correção dos valores. No entanto, não soube informar quando será efetuado o pagamento.

Por esse motivo, o Simpa e ASHPS encaminharam ofício, também nesta sexta-feira (4), solicitando esclarecimentos e reunião urgente com o secretário de Administração e Patrimônio, André Barbosa. O sindicato defende que seja feita uma folha suplementar para o pagamento dessas horas-extras já realizadas e não pagas.

Conforme relatado pela própria direção do HPS, o não pagamento do valor devido faz com que os servidores não queiram fazer horas-extras, com receio de também não receberem pelo tempo trabalhado, acarretando na insuficiência de trabalhadores para atender a população.

O Simpa salienta que segundo informado na reunião, há previsão orçamentária garantida pela LOA, no valor de cerca de R$ 5 milhões para este ano, destinados ao pagamento de horas-extras no HPS, valor que é alocado pela direção do hospital conforme a necessidade de atendimento.

Leia o ofício encaminhado à Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio 

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