Simpa destaca a criação do Protocolo de Prevenção à Violência nas Escolas

Apresentação do Protocolo de Prevenção à Violência nas Escolas (Previne).

A direção do Simpa participou do lançamento do Protocolo de Prevenção à Violência em Escolas (Previne), durante a reunião da Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre, na tarde dessa terça-feira (27/8). O objetivo do documento, que será encaminhado aos poderes Executivo municipal e estadual, é evitar novas situações de violência escolar.

 

De acordo com o sociólogo e coordenador do Previne, Marcos Rolim, “o Brasil tem protocolos na saúde, na segurança, mas em outras áreas carecemos disso”, afirmou. Para melhores resultados, Rolim destacou que as ações devem contar com a atuação em rede: Brigada Militar, Guarda Civil, profissionais da saúde e de outras entidades.

 

O Protocolo Previne foi elaborado em capítulos de informações e orientações práticas: Construindo um bom clima escolar; Identificando riscos e ameaças nas escolas; Medidas antibullying; Ideação suicida e automutilação; Disciplina e tratamento de conflitos; e Armas de Fogo. No final do documento, há um cheklist de segurança nas escolas com 65 questionamentos importantes para a eficácia do trabalho de gestão escolar, como, por exemplo: “(…) A escola é mantida limpa?; Há comissões de solidariedade formadas por alunos em todas as turmas?; A escola possui abordagem antibullying definida, com orientações claras à comunidade escolar?; A escola conta com professores capacitados em Justiça Restaurativa? (…)”

 

“Consideramos importante a iniciativa do Protocolo Previne para as escolas da rede municipal de Porto Alegre, porque sistematiza orientações e conceitos fundamentais para tratar do tema da violência de forma efetiva, fazendo o chamado também para o formação de uma rede de proteção”, afirmou o diretor geral do Simpa, Jonas Tarcísio Reis. “Para sair do discurso e da teoria necessitamos também de mudanças efetivas na melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem nas nossas escolas públicas, com financiamento da educação, respeito ao plano Municipal de Educação de Porto Alegre e à gestão democrática, concurso público para atender a necessidade de recursos humanos e a retomada das funções da Guarda Municipal nas escolas. É preciso a revogação das medidas ditatoriais do governo Marchezan para que se instale o verdadeiro diálogo e a construção do espaço coletivo de educação nas escolas municipais”, defendeu o sindicalista, afirmando que são medidas essenciais para que o Protocolo Previne não fique somente no papel.

 

Foto: Ederson Nunes/CMPA

Tags: Educação, municipários, Porto alegre, simpa, sindicato, Violência na escola

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