Chovia na manhã do 37º dia de greve, 10/11, havia brigadianos e guardas municipais, mas os servidores e servidoras não se intimidaram e marcaram presença em ato da prefeitura de reinício das obras do CEU da Restinga, na Rua Arno Horn. Em seguida, saíram em caminhada por algumas das principais ruas do bairro, dialogando com a população local.
Em meio às obras atrasadas e cheias de lama, a categoria, juntamente com moradores locais, protestou contra a gestão Marchezan, que tem precarizado os serviços públicos e defendido a privatização de órgãos essenciais como o Dmae, e contra o conjunto de projetos de lei do Executivo, que acaba com a carreira do funcionalismo, oficializa o parcelamento, reduz os salários e atinge diretamente a economia da cidade.
No ato, Marchezan voltou a insinuar que os municipários em greve “não são chegados ao trabalho, que não gostam de trabalhar”, que estariam “atrapalhando” o trabalho da prefeitura. Disse, ainda , que os grevistas “não merecem o nome de servidor público”, que seriam “inimigos da sociedade” e de Porto Alegre, além de enaltecer os trabalhadores das empresas privadas contratadas pela prefeitura.
O Simpa repudia as manifestações do prefeito e as atitudes da Guarda Municipal e entende que esta postura não é compatível com o cargo de um chefe do Executivo e de sua “força de segurança”, que devem trabalhar para resolver os problemas da cidade e proteger o patrimônio público, ao invés de criar subterfúgios e provocar confrontos desnecessários com quem se manifesta dentro dos parâmetros legais.
O Sindicato também salienta que os trabalhadores e trabalhadoras estão exercendo seu direito legítimo e constitucionalmente garantido de protestar contra situações que os atingem diretamente, como o parcelamento feito desde junho, e contra ações que ao invés de melhorar, pioram os serviços entregues à população.
O Sindicato também reafirma sua disposição de dialogar com o Executivo no sentido de retirar todos os projetos que atingem a carreira dos municipários, buscar soluções para acabar com o parcelamento de salários e defender o serviço público de qualidade.
Mais notícias
Não há eventos futuros