Ao longo de toda esta quarta-feira, 11, a categoria municipária ocupou a Câmara Municipal para pedir aos vereadores a rejeição ao pacote de projetos de lei apresentados pelo Executivo que acabam com a carreira do funcionalismo, retira direitos, reduz salários, precariza os serviços públicos e abre caminho para a privatizações de órgãos como o Dmae.
No fim do dia, a base de apoio do prefeito retirou quórum para que não fosse votada moção de apoio ao requerimento em que os vereadores pedem ao Executivo a retirada do pacote de Marchezan. O requerimento, apresentado na segunda-feira, teve a adesão de 24 vereadores.
Manifesto da Saúde
Durante a tarde, também na Câmara, uma comissão formada por servidores públicos da sede da Secretaria Municipal de Saúde entregou manifesto, assinado por 170 colegas, ao presidente da Câmara, vereador Cássio Trogildo (PTB), e aos vereadores membros da Comissão Especial que analisa os projetos de lei do Executivo, Airto Ferronato (PSB), Fernanda Melchionna (PSol) e Sofia Cavedon (PT).
No documento, os servidores reafirmam seu “espanto, descontentamento e absoluta contrariedade” frente aos Projetos de Lei 07, 08 e 11 de 2017. O manifesto diz, ainda, que além de acabar com o direito a uma remuneração adequada para os (as) servidores (as), não incide sobre os problemas reais da política de recursos humanos: “a falta de um efetivo plano de carreira, o baixíssimo nível dos vencimentos básicos e a constante ameaça à autonomia técnica dos servidores”.
Por fim, destaca a importância do trabalho público municipal e das condições necessárias “para se manter o atendimento e os serviços oferecidos à população de forma universal, equânime, justa, integral, sem privilégio de classes ou condições sociais. Lutamos para manter a autonomia das políticas públicas e para garantir a oferta de melhores serviços de saúde, independente da opção política de cada gestão que assume o governo”.
