O segundo dia da greve dos municipários manteve a mobilização da categoria em alta. A partir das 7 horas desta sexta-feira, 06/10, de servidores e servidoras se concentraram no Dmae da Princesa Isabel. Um abraço coletivo no departamento marcou a posição dos trabalhadores em defesa do Dmae e contra sua privatização, proposta por Marchezan.
Nem a chuva espantou a categoria. A caminhada, com milhares de pessoas, se dirigiu até o Hospital de Pronto Socorro e ao Hospital Materno Infantil Presidente Vargas. As duas instituições de saúde são centrais na luta dos trabalhadores pela valorização do serviço público. O HPS está com seus quadros funcionais reduzidos, o que sobrecarrega os servidores e precariza as condições de trabalho e de atendimento; além disso, a prefeitura já aventou a hipótese de passar sua administração para a União. Já o HMIPV, que também sofre com o processo de precarização da rede pública de saúde, corre o risco de ter sua gestão sendo feita via parceria público-privada (PPP).
Ao longo do trajeto, dezenas de outros servidores foram se somando à caminhada e a população demonstrava, nas janelas e nas ruas, o apoio à categoria. O ato terminou em frente à prefeitura, com falas dos diretores e representantes da categoria, reforçando a luta municipária contra o pacote de Marchezan.
Balanço
Conforme dados consolidados pela direção do Simpa ontem, quinta-feira, na saúde, 80% da categoria está parada, os atendimentos emergenciais estão sendo feitos normalmente. Na educação, 98 das 99 escolas estão no movimento: 34 escolas estão de 70% a 100% paradas e outras 27 estão de 50% a 70% paradas. No, DMAE 60% da unidade da Princesa Isabel e 90% da manutenção estão paralisados. No DMLU, a média de servidores parados é de 75% e na assistência social, a paralisação atinge cerca de 40% dos servidores.
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