Resposta do Simpa à jornalista Rosane de Oliveira

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A direção do Simpa encaminhou pedido de correção à colunista, após publicação críticas infundadas em seu espaço no jornal Zero Hora, referentes ao protesto em defesa da reposição da inflação, realizado pela categoria municipária, no último domingo, na Redenção, durante a abertura da programação dos 250 anos de Porto Alegre. Leia abaixo a nota do Simpa e as publicações de contraponto feitas pela jornalista.

 

NOTA SIMPA:

 

Com relação à coluna da jornalista Rosane de Oliveira, publicada na edição desta segunda-feira (27) do jornal Zero Hora, o Simpa esclarece, respeitosamente, que:

 

Primeiramente, ao contrário do que diz a notícia, os servidores e servidoras municipais presentes ao ato realizado neste domingo (26) pelo prefeito Sebastião Melo na Redenção para lançar as comemorações pelos 250 anos de Porto Alegre, não vaiaram as apresentações artísticas, nem são “contra a cidade”, como colocado pelo prefeito. Os protestos foram, sim,  contra ele e os demais representantes de sua gestão.

 

Além disso, o protesto não foi um “ato de desrespeito aos protocolos de civilidade”, como escreveu Rosane em tom condenatório. O protesto – feito dentro dos marcos constitucionalmente garantidos no que diz respeito à liberdade de expressão e de mobilização da classe trabalhadora – foi um ato de reação à falta de respeito da Prefeitura com a categoria municipária.

 

Os servidores e servidoras pedem, apenas, que seja cumprida a lei e que seja garantida a reposição inflacionária de 26,66% acumulada nos últimos cinco anos – portanto, não se trata de “aumento”, como consta na fala do prefeito. O índice reivindicado é necessário para reverter parte do achatamento que vem sendo infringido à categoria, especialmente diante da inflação galopante que já ultrapassa 10% nos últimos 12 meses. A esta situação soma-se, ainda, o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%. Cabe destacar que os servidores públicos municipais de Porto Alegre acumulam, ainda, perdas irrecuperáveis em suas carreiras e em sua aposentadoria por conta de projetos aprovados nesses últimos anos.

 

A categoria municipária vem lutando desde a gestão de Nelson Marchezan Jr. para que este direito básico seja cumprido. Neste ano, o Simpa já procurou a prefeitura apresentando a pauta de reivindicações e só foi recebido pelo Executivo após muitos pedidos e pressões. Porém, até o momento, não houve, da parte da gestão Melo, nenhuma sinalização de que este direito garantido em lei será finalmente cumprido.

 

Apesar de todos esses ataques, desrespeito e arrocho, os servidores e servidoras seguem honrando seu compromisso com a população de Porto Alegre. Desde o início da pandemia de Covid-19, os profissionais que atuam na linha de frente vêm arriscando suas vidas – mesmo quando ainda não havia vacina disponível – para atender os cidadãos nas áreas da saúde, da assistência social, da educação, do saneamento e da segurança, entre outras.

 

A pandemia mostrou o quanto o SUS e os serviços públicos em geral são imprescindíveis à vida e somos nós, municipários e municipárias, que viabilizamos esse atendimento no dia a dia. Ainda assim, em nenhum momento houve, por parte do Executivo, seja nesta gestão, seja na anterior, o mínimo de sensibilidade para garantir a esses mesmos trabalhadores tão-somente a reposição da inflação.

 

Lamentavelmente, Melo finge não ver a realidade. E a colunista, infelizmente, preferiu reproduzir a fala do prefeito sem, no entanto, procurar o Simpa para ouvir o outro lado e compreender o motivo do protesto.

 

PUBLICAÇÃO NA EDIÇÃO ON-LINE DO JORNAL ZERO HORA – 28/09/2021 – 20:07 – https://bit.ly/3m64wgB

 

“Sindicalistas dizem que não vaiaram atrações artísticas no lançamento da programação dos 250 anos de Porto Alegre

Ato ocorreu no domingo, no Parque da Redenção

 

Apesar dos vídeos e testemunhos de que a apresentação dos artistas convidados para o lançamento da programação dos 250 anos de Porto Alegre, no domingo (26) foi prejudicada pelo protesto de servidores municipais, a direção do Sindicato dos Municipários (Simpa) sustenta que os manifestantes vaiaram somente as autoridades e não os artistas. Um dos vídeos mostra que o secretário especial dos 250 anos, Rogério Beidacki, não conseguia nem apresentar os artistas. Mesmo ao microfone, sua voz era abafada pelos gritos dos manifestantes.

O Simpa diz que os municipários “não são contra a cidade”, como afirmou o prefeito Sebastião Melo, e que os protestos foram contra ele e os demais representantes de sua gestão.

 

Os sindicalistas também discordam da opinião da coluna de que foi um ato de desrespeito aos protocolos de civilidade. Sustentam que o protesto foi feito “dentro dos marcos constitucionalmente garantidos no que diz respeito à liberdade de expressão e de mobilização da classe trabalhadora”.

A nota diz que “os servidores e servidoras pedem, apenas, que seja cumprida a lei e que seja garantida a reposição inflacionária de 26,66% acumulada nos últimos cinco anos – portanto, não se trata de aumento, como consta na fala do prefeito”.”

 

PUBLICAÇÃO NA EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL ZERO HORA – 29/09/2021 – PÁGINA 08

 

“APESAR DOS VÍDEOS E TESTEMUNHOS DE QUE A APRESENTAÇÃO DOS ARTISTAS CONVIDADOS PARA O LANÇAMENTO DA PROGRAMAÇÃO DOS 250 ANOS DE PORTO ALEGRE FOI PREJUDICADA PELO PROTESTO DOS MUNICIPÁRIOS, NO DOMINGO, A DIREÇÃO DO SIMPA SUSTENTA QUE OS MANIFESTANTES VAIRAM SOMENTE AS AUTORIDADES E NÃO OS ARTISTAS.”

PAG 08 COLUNA ROSANE OLIVEIRA 29SET2021

Tags: Data-base 2021, GZH, municipários, Porto alegre, protesto, simpa, sindicato

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