Projeto que destrói a carreira dos servidores foi aprovado sob bombas, gás e balas de borracha

Categoria municipária em greve lutou até o fim, dentro e fora das galerias, mas não conseguiu barrar PL

 

 

O Projeto de Lei Complementar do Executivo (PLCE) 002/2019 foi aprovado com emendas, na madrugada desta terça-feira (26/3), por 24 votos a 12, em sessão plenária que iniciou na segunda-feira (25/3), às 14h, na Câmara de Vereadores. Para fazer pressão durante a votação do projeto, a categoria municipária iniciou greve às 7 horas e permaneceu mobilizada no local.

 

A pressão se deu do lado de dentro e do lado de fora da Câmara. Quem não conseguiu entrar no plenário devido a restrição de senhas da presidente da casa permaneceu pressionando nos portões.

 

O PLCE 002 impõe uma grande derrota aos servidores e à cidade de Porto Alegre, que vai perder na qualidade dos serviços públicos. O projeto acaba com a carreira dos servidores da Prefeitura e impõe perdas de até 60% na remuneração dos trabalhadores públicos.

 

O Simpa está denunciando este ataque desde que Marchezan enviou o projeto ao Legislativo. Projeto este que já havia sido derrotado no ano passado e, agora, foi reeditado pelo prefeito, em mais uma manobra do governo.

 

AGRESSÃO POLICIAL

Novamente a intransigência da Mesa Diretora da Câmara, que restringe o acesso dos servidores ao plenário, gera momentos de tensão e determina a repressão, pela Polícia de Choque da Brigada Militar e Batalhão da Romu, contra os servidores. Policiais utilizaram força desproporcional contra os manifestantes, ferindo 9 pessoas com bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha. Os feridos foram atendidos no HPS.

 

Pouco mais de 100 manifestantes conseguiram acesso prévio ao plenário, sem a possibilidade de rodízio. Milhares permaneceram na rua, ocupando a Avenida Loureiro da Silva.

 

Vídeo do momento em que a ROMU foi para cima dos municipári@s:

 

 

 

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