Projeto Meninas Crespas promove valorização da estética e da história negra

Nascido na EMEF Mário Quintana e na EMEF Deputado Lidovino Fanton o projeto Meninas Crespas vem dando uma aula de empoderamento na comunidade da Restinga. A iniciativa resgata e valoriza a estética do povo negro e trabalha os temas com um grupo de crianças e adolescentes. O projeto envolve também as famílias dos alunos e, mesmo sem apoio da Prefeitura, vem alçando voos.

 

Segundo a professora idealizadora, Perla Santos, o projeto fazia parte dos projetos escolares da rede municipal, mas, este ano, as ações foram extintas das unidades escolares. Imediatamente, a comunidade decidiu que o trabalho continuaria sendo feito em uma associação de moradores e está resistindo até agora.

 

Meninas Crespas acontece desde o ano passado e conta com oficinas de danças, construção de turbantes, contação de contos africanos e estudos sobre cultura negra. Umas das grandes ações do grupo é a sessão fotográfica de final de ano, com alunos das escolas da rede municipal de Porto Alegre.

 

OCUPAÇÃO NA UNIVERSIDADE

Em novembro deste ano, 45 alunos, juntamente com integrantes do projeto Meninas Crespas, ocuparam e enegreceram o campus da UFRGS dentro da semana negra da ESEFID – Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. O grupo apresentou a sessão de fotos do projeto.

 

As meninas posaram e mostraram sua beleza para as lentes dos profissionais Eduardo Quadros, Matheus Madril Benites e Urich. As fotos se tornarão capas das agendas 2019 do projeto Meninas Crespas que tem como lema: toda garota negra é tão bonita que merece ser capa!

 

Além de uma aula de autoestima, as garotas conheceram o funcionamento da Universidade Federal. O objetivo dos professores que levaram elas para a atividade era apresentar a universidade pública e incentivar um futuro ingresso das alunas.

 

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