Primeiro, queremos deixar claro para o Prefeito que a função do sindicato, na própria CLT (enquanto valer, ao menos), é a de “representar a categoria além dos associados” (artigo 513 da CLT), assim como, o sindicato tem a função “negocial” (artigos 7, 8 da CF, 513 e 611 da CLT), a função “econômica” (artigo 564 – CLT), a função “política” (art. 521 – CLT) e a “assistencial” (art. 477,500 e 514 – CLT e 14 – CF).
Para nós, o sindicato, portanto, tem por definição a defesa dos interesses da categoria profissional a que representa, aí reside a sua autenticidade funcional. Para nós, ainda, os interesses dos trabalhadores não consistem exclusivamente em lutar por salários mais altos, mais ou menos dias de férias, segurança no trabalho e demais vantagens. Com certeza, isso tudo é muito importante, mas não é, muitas vezes, o principal. O trabalhador não é um simples “vendedor” de sua força de trabalho. Os seus interesses, enquanto trabalhador, são os interesses do ser humano.
O trabalho é uma dimensão essencial do ser humano, ou seja, não dá para separar a pessoa e o trabalhador. Dizendo isso reafirmamos que nosso trabalho incide numa relação para além da relação patrão-trabalhador, isto é, ela se projeta no plano geral da vida socioeconômica. Em síntese, para nós do SIMPA, a função sindical é a de “situar” a pessoa do trabalhador na sociedade. Nessa sociedade é que se localiza o essencial do jogo que decide a posição dos trabalhadores na vida social e onde estiverem os trabalhadores o SIMPA estará. Por isso, nossa insistência em participar sim, como defende a própria CLT, de todas as discussões que envolvem a vida dos municipários, enquanto trabalhadores que são, na sua relação com o Prefeito e suas políticas.
EDUCAÇÃO
É legítima a nossa luta para discutir a situação que envolve o famigerado Decreto que modifica a rotina escolar, alterando a vida real de todos os professores e das comunidades escolares como um todo.
Como, neste caso, os professores estão inseridos numa relação social, onde alunos, pais, funcionários e eles mesmos, têm sua vida modificada sem nenhum diálogo. Sim, porque não há diálogo! O Prefeito recebe o SIMPA, mas não dialoga, só tenta impor sua vontade. Ouve, mas não escuta. Ora, diálogo se faz ouvindo e tentando compor uma “terceira” verdade. O Prefeito só ouve a si mesmo! Adora “debates” onde só ele fala. E quando outros falam, ele não considera, ao contrário, reafirma sua posição como se estivesse na frente de um espelho falando para o seu ego. Diz uma coisa na TV e o Secretário Adriano diz outra nas escolas. A Secretaria de Educação deu prazo até o dia 15 de março para as escolas apresentarem seu calendário escolar de 2017. As escolas o fizeram e reafirmaram o calendário construído com as comunidades. O Secretário não aceitou. É outro que, a exemplo do “papai” Prefeito, só ouve a si mesmo. Diz uma coisa, mas, ao ser contrariado, ameaça com punições. Belo monólogo!
MANIPULAÇÕES
Marchezan inicia sua relação com a cidade maquiando a realidade. Manipula dados financeiros de receita e despesa tentando criar clima para atacar os direitos dos trabalhadores; suspende o Orçamento Participativo onde as comunidades mais periféricas disputam recursos; corta horas extras que atingem o funcionamento de vários outros serviços, como a limpeza urbana e a qualidade da água; cria “força especial” dentro da Guarda Municipal tentando dividir esses trabalhadores e colocá-los contra o restante da categoria; impõe “consultorias” privadas (Comunitas, Falconi e outras atreladas aos interesses do BID) que nada entendem dos nossos serviços, mas, na prática ditam o que o próprio Prefeito e seus secretários devem fazer, e, pior, criam uma estrutura antes de discutir uma proposta pedagógica com a Rede, quando o primeiro dever seria discutir uma proposta, para depois ver que estrutura seria necessária para desenvolver a mesma; essas assessorias, inclusive, se instalaram dentro da Prefeitura e mandam e desmandam nos funcionários públicos concursados, que estão entregues a sua própria sorte; critica a CARRIS e a PROCEMPA unicamente com a finalidade de privatizar esses serviços; critica o governo anterior, mas fazia parte dele e continua com os mesmos partidos em sua base de apoio; criou um “show de talentos” para o qual chama seus apadrinhados pedindo que se inscrevam no mesmo para poderem ser nomeados, além de exonerar alguns e chamá-los de volta logo depois; esquarteja secretarias, esvaziando suas funções e tentando, como no caso da SMAM, controlar o licenciamento ambiental para que os empresários possam lotear ainda mais a cidade; sucateia a Assistência Social, que hoje não tem portaria, oficineiros, técnicos, segurança, telefone, etc., não pagando os trabalhadores terceirizados há mais de dois meses, em alguns casos, e tentando prorrogar “convênios” ilegais que já existiam; sem falar no terrorismo constante com o funcionalismo em geral sobre o parcelamento ou não pagamento dos salários, verdadeiro assédio moral. Poderíamos citar mais casos, quase uma por dia na sua administração.
MARCHEZAN, NÃO NOS LEVE A MAL, PORTO ALEGRE VAI RESISTIR AO TEU FRACASSO!
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