Nem chuva, nem vento, esvaziam o movimento

Municipários de Porto Alegre completam nove dias em greve com atividades no Paço Munipal. Mesmo com chuva, categoria realizou caminhada pelo Centro da Capital até a Câmara de Vereadores e Casa do Gaúcho, para assembleia geral, que definirá os rumos da mobilização.

 

Há dois anos sem o reajuste da inflação, trabalhadores lutam pela datas-base e para barrar os projetos de lei do prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB), que tramitam na Câmara.

 

De forma intransigente, Marchezan trata com raiva os servidores, enquanto está levando a cidade ao caos, com desmonte do serviço público e a ameaca de privatização de setores importantes, como a água, a saúde e assistência social. Outras áreas também sofrem, como o alto custo do transporte público, ruas esburacadas e praças e espaços de lazer abandonados.

 

Acumulando perdas de 6,85% (inflação de dois anos) e 8,85% (acumuladas com parcelamento e outras retiradas de direitos), os municíparios já tiveram o aumento no desconto da contribuição para aposentadoria, salários parcelados e o 13° ainda não foi pago. Está semana, Marchezan aprovou na Câmara o projeto que acaba com a previdência municipal.

 

Este é o terceiro movimento de greve da categoria somente este ano. Em 2017, realizaram uma greve histórica, que durou mais de 40 dias.

 

Somam-se ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre – Simpa, que representa mais de 25 mil servidores da Capital, os movimentos sociais, entidades da classe trabalhadora e outros segmentos que também enfrentam o retrocesso que o prefeito tenta impor na cidade.

 

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