A categoria municipária de Porto Alegre realizou paralisação, nessa quarta-feira (19/4), contra as mentiras e os ataques aos trabalhadores e servidores públicos promovidos pelo governo Marchezan Júnior (PSDB). O dia começou com manifestação em frente ao HPS e nos Pronto Atendimento Bom Jesus e Cruzeiro do Sul, que pararam, mas mantiveram triagem para os casos de emergência. Os profissionais médicos municipalizados também pararam, assim como 40 servidores da sede da Secretaria Municipal de Saúde. A mobilização convocada pelo SIMPA teve o apoio do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (SIMERS).
Na Educação, pararam 29 escolas de ensino fundamental e 15 do ensino infantil. Outras 18 aderirem, parcialmente, ao movimento. Também houve paralisação na FASC e nos setores da Fazenda; Esporte, Recreação e Lazer; Administração; Guarda Municipal; Cultura e DMAE.
Pela manhã, trabalhadores de todos os setores da Prefeitura participaram do Ato Público, no Paço Municipal. Após, seguiram em caminhada até o Largo dos Açorianos, para Assembleia Geral da categoria, que teve caráter de preparação para a Greve Geral chamada pelas centrais sindicais para o dia 28 de abril contra a Reforma da Previdência e retirada de direitos trabalhistas.
PREFEITO MENTE!
Marchezan Jr. mente a respeito dos servidores ao dizer em entrevista na imprensa que os professores recebem passe livre no transporte público e que a Prefeitura não tem dinheiro para pagar os salários. O SIMPA possui dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) que provam o contrário.
De acordo com o DIEESE, Porto Alegre não atinge o limite prudencial estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal (60%) com a folha de pessoal. Em 2016, o percentual de comprometimento foi de 51,67%. O percentual está abaixo do registrado em 2013 (52,05%), e, naquele período, nenhuma medida para retirada de direitos, atraso ou parcelamento de salários ocorreu.
Os municipários vivem acumulando perdas, enquanto a Prefeitura faz caixa em cima dos salários. Com o parcelamento da inflação em 2015 e 2016, os municipários deixaram de receber o equivalente a 60% de um salário. Ou seja, por dois anos consecutivos o governo fez caixa com o dinheiro da categoria e ainda ameaça atrasar o pagamento da folha nos próximos meses.
GREVE GERAL
A Greve Geral do dia 28/4 é resposta de todos os trabalhadores brasileiros aos ataques dos governos. Desde os municipários que são prejudicados por Nelson Marchezan Júnior, até os cortes de Sartori no RS e as reformas de Temer no país. O Brasil é contra a reforma da Previdência Social, a terceirização meio e fim e a precarização em geral dos serviços públicos.
A categoria municipária aprovou na assembleia de hoje estar na greve com um grande ato em frente à Secretaria Municipal de Administração (SMA), a partir das 7h, e com atos regionais em outras locais da cidade. Ao meio dia, todos estarão no centro para o ato público da classe trabalhadora.
CONTRA O PREFEITO LIBERAL QUE QUER ACABAR COM OS DIREITOS TRABALHISTAS!
#NenhumDireitoAMenos
Fotos: Mariana Pires e Silvia Fernandes
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