Moradores fazem protesto no Pacs em defesa do SUS

Moradores da região da Vila Cruzeiro, usuários e municipários realizaram ato na tarde desta terça-feira, 22, em frente ao pronto atendimento local, o Pacs, em defesa do SUS e da qualidade nos serviços públicos. O Simpa participou da manifestação, representado por seus diretores-gerais Alberto Terres e Luciane Pereira.

 

Um dos mais importantes serviços de saúde da cidade, o Pacs sofre com a falta de servidores, de medicamentos, de materiais e de infraestrutura adequada ao atendimento da população, além da violência no seu entorno. O resultado se reflete na demora nos atendimentos e na sobrecarga e medo dos funcionários, acarretando problemas de saúde física e emocional. Para o Simpa, esta é uma das muitas faces do projeto de sucateamento do serviço público levado a cabo pela gestão Marchezan, que visa à privatização e à terceirização.

 

Durante o ato, usuários relataram sua indignação com a situação local, ao mesmo tempo em que destacaram o importante trabalho desempenhado cotidianamente pelos servidores, mesmo sob condições tão adversas. “A situação piorou muito desde a chegada de Marchezan. A saúde deveria ter uma política de investimento, mas o que temos é um atendimento cada vez mais precário”, disse o morador da região, Jairo Menegas.

 

Duas outras usuárias de Guaíba, Geneci e Isabel, ressaltaram a importância do Pacs inclusive para as cidades da Região Metropolitana. “Temos mesmo de lutar para que o Pacs seja mantido e melhorado porque precisamos dele”, disse Isabel.

 

O Sindicato vem, há anos, denunciando o descaso com o Pacs. Exemplo recente foi visita realizada em fevereiro ao serviço de atendimento em saúde mental do Pacs, o Pesm. Na ocasião, o Sindicato constatou situação já denunciada anos antes: a superlotação e a falta de condições adequadas ao atendimento. O local abrigava o dobro usuários de sua capacidade máxima. Pacientes dormiam no chão, sobre finos colchonetes; homens e mulheres dividiam o mesmo ambiente sem separação física, assim como adolescentes, o que é ilegal.

 

A denúncia foi levada pelo Simpa e pelo Conselho Municipal de Saúde ao conhecimento do poder público e dos órgãos de fiscalização e controle, mas o problema segue sem solução.

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