O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) repudia, por meio desta moção, os ataques, por parte da Prefeitura de Florianópolis, ao Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) e manifesta total apoio à entidade e aos companheiros e companheiras perseguidos.
Nos últimos anos, o fortalecimento da corrente ultraliberal no plano econômico e de forças de direita e ultradireita no âmbito político nacional — bem como em muitos estados e cidades do país — levou ao sensível aumento de ações que buscam o desmonte dos serviços públicos e sua privatização e terceirização; o ataque aos direitos da classe trabalhadora do setor público e privado, com sua crescente precarização e a repressão aos sindicatos e entidades dos movimentos sociais que lutam pelo povo.
A mais nova investida do prefeito da capital catarinense, Gean Loureiro (DEM), contra o Sintrasem é parte deste movimento. Diante da justa greve decretada pela categoria no dia 9 de fevereiro, a Justiça deferiu, já no dia 10, liminar solicitada pela prefeitura, declarando a greve ilegal, estabelecendo distanciamento mínimo de 450 metros de imóveis públicos para as manifestações e multa diária alta no caso de descumprimento. Ao mesmo tempo, a prefeitura ainda pediu que os dirigentes da entidade e os grevistas respondessem subsidiariamente pelo pagamento da multa.
Além disso, a prefeitura moveu novo procedimento cível, pedindo a prisão de lideranças da greve; que os trabalhadores não “tumultuem” a prestação do serviço público, e estabelecendo desconto dos dias não trabalhados, entre outras imposições descabidas.
As ações têm o claro objetivo de intimidar o Sintrasem e a categoria que representa, de maneira a barrar qualquer reação que seja contrária aos interesses da atual gestão.
Diante deste cenário, o Simpa reafirma seu apoio ao Sintrasem em sua luta pelos dos serviços públicos, pelos direitos da categoria dos servidores públicos municipais e repudia investidas como estas que lembram as perseguições realizada pelos agentes da ditadura militar de 1964.
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