Nem a chuva, nem a proibição do secretário de Educação impediram que acontecesse, hoje (25/5), o plebiscito da educação, realizado pelo SIMPA e pela ATEMPA. A maior parte das escolas municipais participou, com votação em frente aos portões. O plebiscito quer saber o que a comunidade escolar pensa a respeito da rotina escolar imposta pelo governo Marchezan Jr., já que a SMED nunca respondeu às solicitações de diálogo. A votação será estendida por mais alguns dias e também ganhará uma versão online para ampliar a participação.
As últimas mobilizações de pais e mães de alunos em diversas escolas provam que eles não estão de acordo com as regras do prefeito. O governo impôs uma medida sem ouvir as comunidades escolares e sem respeitar a gestão democrática. A nova rotina diminui o tempo do professor com os alunos e impossibilita as reuniões pedagógicas.
As escolas já sofrem com a precarização dos equipamentos e com a falta de mais de 400 professores na rede. O governo quer reduzir os gastos, quando deveria investir e qualificar o ensino público. A comunidade escolar faz parte da cidade e merece ser ouvida.
MARCHEZAN PARE DE ATACAR A EDUCAÇÃO!
EIXO BALTAZAR / NORTE/ NORDESTE
Na plenária, as denúncias da fila de espera na Saúde repetem-se. Foi relatado que a consulta com neuropediatra na região leva cerca de quatro anos, sendo que os casos de Saúde Mental chegam a 95% dos atendidos. A prefeitura se nega a chamar os concursados das várias áreas onde faltam profissionais para o atendimento à população. Na Educação, a nova rotina também é um problema na região. Os trabalhadores percebem que há interesse do governo de que os profissionais não se reúnam para planejar atividades conjuntas com seus alunos. O interesse do governo é implantar a meritocracia não levando em conta o contexto de vida dos alunos das localidades mais vulneráveis. A falta de professores generalizada também foi uma questão levantada e a Prefeitura, também nessa área, não chama os concursados disponíveis.
Na Assistência Social, também faltam profissionais, Hoje, dois CRAS estão fechados por falta de RH e 11 CRAS estão sem assistentes administrativos. Telefones e internet são cortados constantemente por falta de pagamento, assim como os vales-transportes para as famílias que necessitam de atendimento na Saúde e outros. Faltam vigilantes, porteiros, entrevistadores sociais (Programa Bolsa Família), educadores sociais e técnicos (assistentes sociais e psicólogos) – grande parte deles terceirizados onde as empresas não pagam corretamente e nem cumprem os direitos trabalhistas dos seus funcionários, alegando falta de repasse da FASC. Nessa área também a prefeitura não chama os concursados. Os CRAS ampliados que atendem crianças e adolescentes no turno inverso da escola estão com esse serviço fechado pela falta de pagamento dos oficineiros e outros profissionais. Como em todos os CRAS, a ordem parece ser a mesma: precarizar para terceirizar.
Encaminhamentos:
– Juntar-se às atividades da comunidade que já existem;
– manter esse fórum regularmente trazendo mais trabalhadores de todos setores da prefeitura na região;
– a greve não pode ser descartada como nosso instrumento de luta; sem salário – sem trabalho;
– apostar no trabalho de base com a categoria e a população;
– não só fazer atividades regionais, mas também centralizar atividades no Paço Municipal;
– organizar estas plenárias por regiões menores e depois juntar em espaços maiores;
– indicativo de novas plenárias das três regiões, dia 13/6.
Fotos: Ivam Martins
CENTRO / ILHAS / HUMAITÁ / NAVEGANTES
Esta plenária debateu mais a situação do DEP. Uma servidora do departamento relatou que os colegas estão com muito medo do que pode vir do governo Marchezan Jr. e que as notícias de corrupção do DEP deixaram o setor “desmoralizado”. No entanto, já existe um CORES no local e que seria positivo a presença do SIMPA para conversar com os servidores e esclarecer as dúvidas. As denúncias e, relação ao que acontece na FASC se repetiram, como nas outras regiões.
Encaminhamentos:
– reunião com os trabalhadores do DEP;
– próxima reunião da região a ser agendada.
Fotos: Mariana Pires
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