Marchezan Jr. precisa ouvir mais segundo ex-prefeitos de Porto Alegre

Em uma noite marcada pela pluralidade, ex-prefeitos de Porto Alegre, vereadores, deputados de diferentes partidos e trabalhadores de diversos setores da Prefeitura debateram “O Impacto das Políticas Públicas no Município de Porto Alegre”, ontem (21/8), em audiência pública realizada no teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do RS. O prefeito Marchezan Júnior não compareceu ao debate, nem enviou um representante do governo. O diretor geral do SIMPA, Jonas Tarcísio Reis abriu as falas lembrando os ataques do governo desde o final do ano passado, resultando nos pacotaço de projetos enviado nesse mês à Câmara de Vereadores.

 

“O prefeito foi eleito para ser gestor da cidade, mas está fazendo um “mimimi” dizendo que tem déficit. Nós já desmentimos. Está no Portal da Transparência: existem mais de R$ 300 milhões em caixa, tirando as contas já pagas e o que foi arrecadado no primeiro semestre desse ano”, afirmou o municipário.

 

José Fortunati foi enfático ao dizer que entregou Porto Alegre com bom conceito em gestão e com todos os dados orçamentários expostos no Portal da Transparência. Diferente do atual prefeito, que esconde e distorce os dados concretos. João Dib lembrou que não adianta ficar reclamando, tem que buscar soluções. Também ex-prefeito, Dib mostrou sua preocupação com o projeto que pretende privatizar o DMAE, enviado por Marchezan à Câmara de Vereadores. “Não existe essa necessidade. O DMAE é uma autarquia superavitária com trabalhadores competentes”, concluiu.

 

Nesse sentido, Olívio Dutra reforçou a ideia, dizendo que o DMAE é uma política de Estado e não de governo. O ex-prefeito mencionou ainda a importância da CARRIS, que exerceu um papel exemplar como empresa pública e deve ser preservada e aperfeiçoada.  Olívio lamenta o fim da participação democrática através do Orçamento Participativo, mas exaltou a necessidade de se discutir uma proposta orçamentária para a cidade.

 

Para Jonas Reis, ao acabar com o Orçamento Participativo, Marchezan não ataca só os servidores de Porto Alegre, mas ataca toda a nossa cidadania. “Ele quer decidir sozinho as questões da cidade, ou então com as suas consultorias”, lamenta.

 

O Deputado Federal Henrique Fontana fechou as falas com um pedido: “é importante que o prefeito atual reflita e saiba ouvir”. E já aproveitou o momento para anunciar uma audiência pública pela Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara Federal para tratar do tema.

 

Estavam presentes no debate o deputado federal Adão Villaverde (proponente da iniciativa), o ex vice-prefeito Sebastião Mello, dep. Estadual Tiago Simon, Claudir Nespolo da CUT, dep. Estadual Pedro Ruas, dep. Estadual Tarcísio Zimmerman, vereadora Fernanda Melchionna, dep. Estadual Stela Farias, dep. Estadual Manuel D’Ávila, vereador Marcelo Sgarbossa, dep. estadual Regina Becker Fortunati e vereadora Sofia Cavedon.

 

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