Realizada de forma on-line, na noite dessa terça-feira (30), pelo Simpa, Cores Educação e pela Atempa, a Plenária Regional Leste/Altos do Partenon reuniu trabalhadoras e trabalhadores em educação e liderança comunitária para discutir a situação das escolas da Rede Municipal de Ensino na pandemia e a atuação da Smed.
As escolas fizeram relatos mostrando um panorama de como estão organizadas as atividades remotas. Também debateram a efetividade dessas atividades do ponto de vista da abrangência e a situação do vínculo com os alunos neste momento de necessária suspensão das aulas presenciais.
No que diz respeito à atuação da Smed, a avaliação geral é a de que a nova gestão tem se comportado como a anterior: não investe num sistema remoto de educação condizente com a realidade da RME e não dialoga com professores e comunidade escolar a fim de construir alternativas que ajudem os alunos.
Outro ponto criticado foi a orientação da Smed de que o registro de frequência dos alunos deve ser feito a partir da devolução da atividade proposta pelo professor, ou seja, o aluno que não tem acesso à plataforma — seja por falta de equipamento ou de internet —, é considerado faltoso. Por fim, também foi colocado que a Smed se ausenta de outras questões importantes para o funcionamento do ensino remoto.
A plenária definiu, como um dos encaminhamentos, contribuir na elaboração de diagnóstico do território, organizando documento com dados sobre as políticas de educação, saúde e assistência social e intensificar as articulações intersetoriais com os serviços de saúde e assistência Social da Zona Leste, solicitando também dados para o diagnóstico.
Assim como ocorreu nas demais plenária regionais, também foi deliberada a necessidade de uma agenda conjunta com Atempa, Simpa, Conselho de Alimentação Escolar, Fasc e Defesa Civil sobre segurança alimentar. Neste sentido, também ficou decidido que será promovida campanha pública de denúncia sobre a falta de segurança alimentar e a perda de direitos nas comunidades escolares e que será pautada, junto à Smed, a necessidade do debate sobre o currículo emergencial e as diretrizes pedagógicas para as comunidades escolares.
As propostas aprovadas nesta plenária serão posteriormente reunidas ao conjunto das deliberações das demais regiões (Zona Sul, Zona Norte, Centro e Ilhas) a fim de gerar uma análise ampla sobre a realidade da rede.
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