ESTADO E MUNICÍPIO CEDEM À PRESSÃO POPULAR E ABREM DIÁLOGO SOBRE FECHAMENTO DE TURMAS DE 1º E 6º ANOS

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A mobilização unificada do Simpa, ATEMPA e CPERS (38º e 39º núcleos) conquistou um avanço decisivo na luta contra o fechamento das turmas de 1º e 6º anos na rede pública. Na manhã desta terça-feira (25/11), servidoras/es, mães, pais, estudantes e representantes das entidades realizaram um forte ato em Porto Alegre, que envolveu panelaço, vigília em frente ao Palácio Piratini e uma caminhada pelo centro da cidade até o Centro Administrativo Municipal (CAM).

A pressão constante fez com que o governo estadual e a prefeitura finalmente abrissem espaço para o diálogo. Quando a mobilização ainda se concentrava em frente ao Palácio Piratini, a presidenta do CPERS Rosane Teresinha Zan anunciou a primeira vitória: o governo do estado receberá as lideranças do movimento no dia 3 de dezembro, às 10h.

O segundo avanço ocorreu após o deslocamento até o CAM, onde as entidades insistiram para que uma comissão formada por lideranças da comunidade escolar, Simpa, Atempa e CPERS fosse atendida. Após intensa pressão, a comissão foi recebida pelo secretário de Governo municipal, André Coronel, que reconheceu que a situação ainda não está definida e que o debate seguirá aberto.

O ato, marcado pela unidade e pela força da comunidade escolar, teve um objetivo claro: fazer barulho para que o governador Eduardo Leite e o prefeito Sebastião Melo dessem ouvidos ao pedido de negociação.

A medida que os governos tentam implementar prevê, a partir de 2026, o fim dos 6º anos nas escolas municipais, o encerramento dos 1º anos nas estaduais e o fechamento das turmas do curso Normal/Magistério. Soma-se a isso a redução da carga horária de disciplinas essenciais — como Artes, História, Geografia e Filosofia — prejudicando a formação crítica e humanista das/os estudantes e fragilizando ainda mais a educação pública.

A conquista do diálogo é apenas o primeiro passo. As entidades seguirão mobilizadas para barrar qualquer iniciativa que ataque direitos, desmonte a educação pública e afete profundamente a vida das comunidades escolares.

 

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