O Simpa repudia e contesta a afirmação do presidente da FASC, Marcelo Soares, publicada na matéria “Após dois anos, Fasc não conclui apuração de repasses suspeitos”, da edição de hoje (24) do impresso Zero Hora e na capa do site do veículo, ontem (23). Na declaração, Soares coloca sobre os servidores a culpa pela demora na apuração dos contratos da Fundação ao afirmar que as comissões de transparência não se constituem porque os servidores não querem: “dependo da vontade dos servidores, não posso obrigá-los”. Com isso, o presidente se exime da sua responsabilidade enquanto gestor de conduzir com agilidade e transparência as denúncias de irregularidades.
A Comissão de Sindicância, instituída pela Portaria 195/2014, composta por trabalhadores do quadro de servidores, concluiu o seu trabalho em outubro de 2014, mas o presidente designou a Comissão de Inquérito Administrativo somente em setembro de 2015 (Portaria 635, de 17/09/2015, alterada posteriormente pela Portaria 662/2015, de 07/10/2015). A responsabilidade do presidente era de encaminhar o inquérito cinco dias após o relatório final da Comissão Sindicante. Além disso, a Comissão de Inquérito foi constituída sem um advogado do quadro de servidores da Fasc ou da Prefeitura, como determina legislação.
É a 2ª tentativa do presidente da FASC, em uma semana, de culpabilizar os trabalhadores pelos problemas de gestão. Na semana passada, Soares declarou em entrevista à imprensa que o atraso no atendimento ao Cadastro Único é resultado da greve dos municipários, realizada em junho deste ano. Sendo que o processo de qualificação e substituição das equipes está em discussão desde 2014.
