Em reunião da Cosmam, Simpa denuncia prejuízos do SUS com as terceirizações

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O Simpa participou, nesta terça-feira (22), de reunião ordinária da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre, realizada de maneira virtual, que tratou da situação dos agentes comunitários e de endemias, dos concursados e dos contratos do serviço de atenção básica. Além de vereadores que compõem a comissão, estiveram presentes o secretário municipal da Saúde, Mauro Sparta, e representantes de entidades, instituições e associações da área da saúde.

Durante a reunião, o diretor-geral do Simpa, João Ezequiel, alertou para o processo de enfraquecimento da estrutura dos serviços de saúde através das parceirizações e terceirizações, em detrimento do interesse público. A Prefeitura, sob a gestão Melo, continua optando por usar essas modalidades ao invés de investir no SUS 100% público e na realização de concurso para suprir as atuais necessidades do sistema, uma decisão que é de ordem política e não financeira.

Para exemplificar, o dirigente citou os repasses mensais de mais de R$ 2 milhões feitos pela Prefeitura para a PUC em função dos serviços prestados, via terceirização, no HMIPV. Numa conta simples, com esse mesmo valor, e considerando uma remuneração média de R$ 5mil (entre enfermeiros e técnicos de enfermagem), seria possível contratar mais de 300 servidores estatutários. Além disso, o dirigente destacou que a PUC se utiliza de forma ilegal de servidores municipais para cobrir a defasagem que ela deveria garantir.

O Simpa colocou, ainda, que Melo poderia ter salvado os empregos dos trabalhadores do IMESF, demitidos por Marchezan, contribuindo para fortalecer os serviços de saúde em plena pandemia, mas não o fez. O sindicato também chamou atenção para o absurdo que é o fato de agentes comunitários de endemias e agentes comunitários de saúde não estarem recebendo os vales-alimentação a que têm direito.

Tags: COSMAM, Saúde

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