Em ato no Paço Municipal, Simpa e servidores cobram reposição já

A categoria municipária realizou, na tarde desta quinta-feira, 18, ato público, no Paço Municipal, para reivindicar os 29,74% de reposição inflacionária devidos há mais de cinco anos por Marchezan e Melo. Além do salário, Simpa pede revisão do vale-alimentação, que segue defasado, e a última progressão funcional de 2010/2012. O ato teve a presença de associações municipais e de parlamentares, que prestaram solidariedade à categoria. Também contou com uma bomba-relógio inflável gigante com a inscrição “Melo, pague o que deve”, em alusão ao tempo que está passando e a indignação da categoria aumentando com a falta de resposta do governo.

Há seis meses, no dia 9/6, foi entregue ao prefeito Sebastião Melo a pauta de reivindicações da categoria e, desde então, foram quatro reuniões da direção do Simpa com a Comissão de Negociação do Executivo. No dia 21/10, os representantes da prefeitura chegaram a comprometer-se em apresentar uma resposta sobre as demandas ao Simpa, mas não houve nenhum retorno, até o momento. Uma nova reunião entre Simpa e Comissão de Negociação do Executivo está agendada para o dia 30/11 e a expectativa do sindicato é avançar na negociação.

Esta foi a 5ª manifestação pública do Simpa pela reposição já, neste ano. Outro movimento feito pelo Simpa e pelas associações do município ASHPS, ASTEC, ASEAD e ATEMPA foi aprovar a previsão da reposição inflacionária de 2017 até 2021 dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Além disso, a assessoria jurídica do Simpa ajuizou as data-base de 2017, 2018, 2019 e 2020, todas na mesma vara, para garantir o pagamento.

CATEGORIA NÃO AGUENTA MAIS 

Já são 66 meses sem nenhuma correção e, enquanto isso, a inflação continua subindo. De acordo com o Dieese, em outubro, a cesta básica em Porto Alegre – uma das mais caras do Brasil – custava cerca de R$ 691,08 e os itens essenciais do orçamento familiar – incluindo gás de cozinha, gasolina, tarifa de ônibus e IPTU – aumentaram 46,8% no período de maio de 2016 a outubro de 2021. Soma-se a isso o fato de que os servidores tiveram suas carreiras destruídas e arcam com o aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14%. Melo, pague o que deve!