CoVID-19: terceirizada entrega abrigo a Fasc sem equipe suficiente para demanda

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Coronavírus expõe o desmonte da Assistência Social em Porto Alegre e trabalhadores ainda enfrentam a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)  e de orientação dos gestores para os protocolos de prevenção ao atendimento às populações vulneráveis.

 

A Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC) recebeu, esta semana, a devolução, por parte de uma entidade filantrópica, do serviço de abrigamento para moradores de rua. A situação foi noticiada pelo prefeito Marchezan, como a aquisição de mais um equipamento. Mas, na verdade, o que a entidade mantenedora do Abrigo Mon Senhor Felipe Diehl fez foi informar a Prefeitura que estava encerrando as atividades de acolhimento em virtude da pandemia. Diante da situação, já precária de funcionamento da Fasc para atender os quase 3.000 moradores de rua e a população em situação de vulnerabilidade, restou ao governo assumir o funcionamento.

 

Este equipamento atendia em média 150 pessoas por noite. Agora, vai começar com a meta de atender 40 pessoas. Isso porque a Fundação não tem recursos humanos para iniciar o acolhimento com capacidade total. Ao longo desse período de terceirização, a Prefeitura desmantelou o quadro de servidores da FASC, desrespeitou acordos e legislações estabelecidas de reestruturação que previam nomeações gradativas dos aprovados em concursos, como forma de manter o equilíbrio financeiro e os programas desenvolvidos.
Os trabalhadores da assistência ainda não receberam orientações da gestão para conduzir a entrega das 4.000 cestas básicas que o governo municipal anunciou na imprensa. Há falta de diálogo com as equipes, situação que piora diante da terceirização de diversos serviços dentro da Fasc, com a operação de diversas empresas sem uma regra clara de conduta para o período de quarentena.

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