A volta às aulas, ontem (6/3), foi marcada por assembleias massivas dos conselhos escolares, que reúne pais, alunos, funcionários, direção e educadores das escolas do município. As assembleias acontecem desde a semana passada, quando as direções souberam das novas medidas da SMED, impostas pelo governo Marchezan, sem diálogo com a comunidade escolar.
Todas as escolas, por unanimidade, definiram não aceitar as modificações impostas pelo atual governo e manter as rotinas escolares, organizadas no final do ano passado. Para os conselhos, quando o secretário de educação chamou os diretores para a reunião, as diretrizes já estavam publicadas no Diário Oficial. ISSO NÃO É DIÁLOGO!
PREOCUPAÇÕES
As novas medidas implicam algumas preocupações por parte dos conselhos escolares, que temem, principalmente, o grande risco que as crianças estarão expostas no período em que ficarão sem a presença dos professores na escola, ferindo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Os professores serão trocados de escolas e alunos terão 25 minutos a menos de aula por dia; todos terão que almoçar ao meio dia, sem auxílio dos educadores, deixando alunos de 4 a 7 anos, juntos, no refeitório, sem cuidado. Os refeitórios comportam, em média, 70 lugares. Como suportarão centenas de alunos ao mesmo tempo? Outra determinação é que os alunos não serão liberados durante a reunião pedagógica das escolas. Com quem eles ficarão durante esse tempo?
Para os conselhos, o governo Marchezan desconhece que a rede é de inclusão social e que possui muitos alunos com necessidades especiais que precisam ser assistidos no refeitório e em outros ambientes escolares e, não apenas, na sala de aula.
ESSAS SÃO MEDIDAS DE GABINETE, DE QUEM NÃO CONHECE A REALIDADE DA REDE MUNICPAL DE ENSINO.
PROTESTO NA EMEM EMÍLIO MEYER
No 1º dia de aula, 75 alunos de três turmas de A10 (6 e 7 anos) estavam sem professores na escola Emílio Meyer, na Zona Sul, porque a SMED não enviou professores. No ano passado, a SMED ordenou a implementação de mais turmas de A10, mas não encaminharam profissionais.
Os pais ficaram indignados e fizeram uma reunião junto à direção. Hoje (7/3), realizaram um protesto em frente à escola, desde às 8h, e prometem ir para a frente da SMED caso não se resolva a lotação dos professores prontamente.
REFEIÇÕES
Pais e mães mostraram-se preocupados, também, em relação a qualidade das refeições. A SMED enviou um memorando às direções que raciona a quantidade de alimentos para cada criança, orientando que não repitam proteína. O memorando também reduz os itens de alimentação, precarizando a merenda.
AS MEDIDAS PROMOVEM UM CAOS NAS ESCOLAS E PREJUDICARÃO TODA A COMUNIDADE ESCOLAR E O ENSINO PÚBLICO DE PORTO ALEGRE.
MARCHEZAN, ONDE ESTÁ O FOCO NO ALUNO?
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*Fotos fornecidas pelos educadores.
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