Em reunião do Conselho Distrital da Saúde Leste/Nordeste, realizada na noite de terça-feira (03/6), trabalhadores e usuários do SUS manifestaram sua inconformidade com a tentativa do prefeito Marchezan Jr. (PSDB), de repassar à iniciativa privada a responsabilidade pelo Pronto Atendimento Bom Jesus (PABJ). Para justificar a medida, o governo está precarizando as condições de atendimento à população.
Em nenhuma outra administração o PABJ foi obrigado a fechar o atendimento de emergência, como ocorreu duas vezes seguida no mês de junho. Os recursos humanos para garantir o atendimento não são repostos e, ainda, há demora no encaminhamento de pacientes para internação. Em uma dessas ocasiões, foi relatado pela coordenação da unidade, que havia 21 internados para 05 leitos. Somente após o fechamento, a Secretaria de Saúde encaminhou prontamente a remoção de pacientes para os leitos hospitalares.
Durante a reunião de ontem, foi criado um grupo de trabalho composto pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), lideranças da comunidade, trabalhadores e usuários para organizar a resistência à privatização do PABJ.
A coordenação do Conselho Distrital e lideranças repudiaram mais este ataque ao SUS patrocinado pelo prefeito Marchezan e o secretário de saúde. O Conselho Distrital denunciou que todas as ações em saúde devem ser avaliadas pelo Conselho Municipal de Saúde, mas que o secretário municipal da Saúde, Erno Harzheim, não tem respeitado a legislação e as decisões judiciais que versam sobre o assunto.
A coordenadora do PABJ denunciou a falta de estrutura para atender a população, ocasionando o fechamento da unidade por falta de condições.
Ainda segundo as lideranças, não vão aceitar este ataque e que mobilizarão todas as regiões que utilizam o PABJ para denunciar o governo que ataca o SUS e a população.
