Mobilizados e organizados, carrinheiros derrotaram o prefeito Marchezan Jr. na Câmara. Vereadores rejeitaram, na sessão de hoje (07/8), o veto do prefeito ao Projeto de Lei 108/15, que amplia em um ano o prazo para aplicação da proibição total de circulação dos carrinhos utilizados por catadores de material reciclável em Porto Alegre. Cerca de 6.000 famílias envolvidas diretamente no processo da coleta com carrinhos de tração humana corriam o risco de serem afastadas dos postos de trabalho que garantem o seu sustento.
Seguindo a mesma lógica das ações que implementa, em pouco mais de seis meses de gestão, o prefeito ataca trabalhadores e a população menos favorecida, em apoio aos empresários. De acordo com Alex Cardoso, integrante do Movimento dos Catadores de Porto Alegre, os catadores movimentam a coleta de 100 toneladas de resíduos diariamente, um trabalho executado de forma gratuita para a cidade. “Com a exclusão dos carrinheiros, esse trabalho seria repassado para a iniciativa privada, com custo para toda a sociedade”, alertou.
ENTENDA A LUTA DOS CATADORES
O projeto vetado buscou garantir mais tempo para que a Prefeitura cumpra com o que determina a Lei nº 10.531, que institui o Programa de Redução Gradativa do número de Veículos de Tração Animal (VTAs) e de Veículos de Tração Humana (VTHs), no Município. Conhecida como Lei das Carroças, a legislação aprovada em 2008 estabeleceu a data de 11 de setembro de 2016 para entrar em vigor a proibição total da circulação de VTAs (carroças), mas também incluiu os chamados VTHs (carrinhos).
LEIA A CARTA DA RECICLAGEM POPULAR
Tags: Apoio, CatadorÉProfissão, Catadores, Economia Popular, Porto alegre, simpa, sindicato
Mais notícias
Não há eventos futuros