Caminhada dos municipários em greve recebe apoio da população

 

No segundo dia da greve dos municipários, nesta quarta-feira (01/8), os servidores concentraram-se em frente ao Centro de Saúde Modelo, logo pela manhã, e saíram em caminhada pela Av. João Pessoa. Entre falas de defesa dos serviços e da cidade, os trabalhadores entregaram uma carta aberta a população, onde denunciavam o abandono da cidade promovido pelo governo Marchezan. Por onde passavam, os municipários eram recebidos com aplausos e buzinas, mostrando que os cidadãos de Porto Alegre concordam que Marchezan faz mal a cidade.

 

Os municipários estão nas ruas denunciando o caos nos serviços públicos. Os postos de saúde, pronto-atendimentos e hospitais padecem pela falta de funcionários, de materiais e de infraestrutura adequada. Com isso, os atendimentos pioraram, sensivelmente. Na educação, as mudanças na rotina escolar e falta de investimentos na formação dos professores e professoras e na estruturação das escolas estão comprometendo o aprendizado e o futuro das crianças.

 

As ruas da cidade estão tomadas por buracos, mato e sujeira; os parques estão abandonados e os prédios e monumentos não recebem manutenção. A crise e o desemprego aumentaram o número de pessoas em situação de rua. E, ao invés de Marchezan oferecer cuidado, respeito e abrigo e investir na política de moradia para os mais vulneráveis, está sucateando a FASC.

 

Estes são apenas alguns dos muitos problemas vividos pela população, cotidianamente. Para piorar, Marchezan quer dar de mão beijada ao setor privado os patrimônios dos porto-alegrenses, tentando vender o Dmae, a Carris, o Mercado Público, com o Pronto Atendimento Bom Jesus.

 

GREVE CONTINUA

O prefeito se recusa a negociar com o Simpa a pauta dos servidores, que foram levados a entrar em greve. Desde o ano passado, os servidores do município são perseguidos por Marchezan e não receberam a reposição da inflação sobre os seus salários, o que é garantido por lei. As perdas históricas acumuladas da categoria municipária chegam a 8,85% dos salários e a reposição da inflação, que não foi paga de maio de 2016 a abril 2018, soma 6,85%.

 

Além disso, Marchezan quer cortar direitos conquistados há anos por meio de projetos de lei que tramitam na Câmara. A união e a articulação da categoria conseguiram barrar o pior deles (o PLCE 08/18), mas outros oito, que atacam o funcionalismo, ainda serão apreciados.

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