Em greve há 30 dias, os municipários de Porto Alegre fizeram, hoje, 29 de agosto, ato junto ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) e saíram em caminhada até o Telessaúde para denunciar o uso de verbas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS) em campanha de mídia que foi ao ar nos meses de junho e julho deste ano e que favoreceu a plataforma de atendimento.
O Telessaúde, idealizado pelo médico Erno Harzheim, foi criado em 2007 para apoiar a assistência à saúde na atenção básica e, sobretudo, de educação permanente para as equipes de Saúde da Família. Em 2016, Marchezan usou o Telessaúde como bandeira de campanha e, eleito, convidou Harzheim para ser o responsável pela pasta da Saúde.
Uma vez à frente da SMS, Harzheim autorizou o uso de verba do SUS, sem anuência do controle social, para divulgar, na grande imprensa, o serviço de Telessaúde, que sequer faz parte da rede municipal e sim, da UFRGS.
A contratação de mais de 5 milhões foi feita por inexigibilidade de licitação, por contratação direta de alguns veículos da imprensa gaúcha. A verba foi utilizada para três campanhas: tuberculose, sífilis e Telessaúde, e o argumento para a contratação sem concorrência pública foi o de emergência em saúde, que não se justifica no caso em questão.
Ao protestarem em frente ao Telessaúde, os servidores denunciaram o uso indevido da verba e reivindicaram a devolução destes valores aos cofres públicos.
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