Na tarde desta quarta-feira, 08/08, a categoria municipária, reunida em assembleia na Casa do Gaúcho, decidiu pela manutenção da greve em reação à falta de diálogo, por parte de Marchezan, em relação às negociações da data-base da categoria, contra os parcelamentos e os projetos de lei que atacam os direitos dos servidores.
A assembleia também aprovou, como agenda para esta quinta-feira, 09/08, a realização de manifestação às 9h, na Secretaria Municipal de Saúde, com caminhada até o HPS, reunião da Comissão de Mulheres às 17h e do Comando de Greve Aberto às 18h30, ambas no Simpa. Durante o Comando de Greve, será definida agenda de mobilização para os próximos dias. Também ficou marcada nova assembleia no dia 14/08, às 14h, na Casa do Gaúcho.
Outra definição dos municipários foi a participação da categoria no Dia do Basta, na próxima sexta-feira, 10/08, promovido pelas centrais sindicais e movimentos sociais em defesa do emprego, da aposentadoria e dos direitos trabalhistas, por justiça e contra retrocessos. Em Porto Alegre, a concentração terá início às 8h30, em frente à Fecomércio (Alberto Bins, 665), com caminhada até a Praça da Matriz, onde será realizado ato em frente ao Palácio Piratini, seguido de caminhada até o Foro Trabalhista de Porto Alegre (Avenida Praia de Belas, 1432), onde será realizado ato promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) em defesa da Justiça do Trabalho e dos direitos sociais.
A assembleia também aprovou a criação de grupo de cuidados energéticos para os municipários em greve.
Greve por direitos
Os municipários estão em greve desde o dia 31 de julho devido à incapacidade do governo Marchezan em negociar, com a categoria, as reivindicações da data-base. Desde o ano passado, os servidores não têm reajuste e acumulam prejuízo de 6,85%, além das perdas histórias na ordem de 8,85%. A categoria também reivindica o fim dos parcelamentos e luta contra a aprovação de projetos de lei que atacam direitos dos servidores e os serviços públicos.
Após inúmeras tentativas frustradas de abrir mesa de negociação com o Executivo – solicitando, inclusive, a mediação da Câmara Municipal – a categoria decidiu ocupar o prédio da Prefeitura ontem, 07/08. Marchezan manteve-se intransigente e decidiu não abrir diálogo com a categoria, apelando à Secretaria Estadual da Segurança para que a BM fosse usada contra os municipários, medida que não foi acatada pela polícia. À noite, depois de cerca de 10 horas de ocupação, os municipários deixaram pacificamente a prefeitura, sem causar nenhum dano ao patrimônio público, em decorrência de ação de reintegração de posse movida pela prefeitura e acatada pela Justiça.
Moção
A assembleia desta quarta-feira também aprovou moção de repúdio a ação criminal contra professora da rede estadual e municipal, conforme abaixo:
Os (as) trabalhadores (as) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, reunidos em Assembleia Geral no dia 08 de agosto de 2018, repudiam a ação criminal movida contra a colega Katiana Pinto dos Santos, decorrente da greve dos professores do estado em 2017, e manifestam seu total apoio à professora Katiana, que também é servidora municipal, desempenhando suas funções com dedicação e reconhecimento pela comunidade escolar, e sempre presente nas nossas lutas.
Contra a criminalização das lutas! Lutar não é crime. Todo apoio à luta dos trabalhadores.
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