A comunidade do bairro Belém Velho denuncia a situação de completo abandono do Cemitério Municipal Belém Velho, com falta de segurança e destruição de túmulos. A direção do Simpa esteve no local e conferiu a situação, que também representa risco para servidores. Fundado no século XIX, o cemitério ocupa uma área de dois hectares, com cerca de mil jazigos.
Além de constatar a precariedade das instalações, que não são adequadas para os serviços prestados no local, nem para permanência dos servidores (local insalubre, móveis quebrados, extintores fora da validade, alarme estragado, caixa d’água de cimento e sem limpeza ou manutenção), os diretores do Simpa, Assis Brasil Olegário e César Rolim também verificaram a falta de capina e o cercamento completamente danificado. Em dias de chuva a água entra pelo telhado da capela, que, além da cobertura, está com paredes e estrutura danificadas.
NOITES DE TERROR
A falta de medidas de segurança, principalmente à noite, permite que o local seja vandalizado. Praticamente todos os túmulos tiveram adereços e inscrições de metal furtados, ou pior, é frequente a violação dos jazigos para retirada de ossadas. Também há roubo de equipamentos de trabalho. Até um forno micro-ondas, comprado pelos próprios servidores para aquecer suas refeições, foi levado.
Ao amanhecer, é comum encontrar túmulos abertos ou animais mortos depositados sobre os mesmos.
“Vamos levar essas denúncias ao conhecimento do governo e cobraremos por medidas que solucionem a falta de segurança, limpeza e manutenção do local”, afirma Assis Brasil Olegário Filho. “O uso do cemitério não é gratuito, os familiares pagam as taxas de manutenção, que não está acontecendo. É um completo desrespeito do poder público, que submete as pessoas a uma situação completamente indigna”, enfatiza César Rolim.
